Um dos maiores esquemas de corrupção e mineração ilegal já registrados em Minas Gerais foi deflagrado pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (17). Em entrevista coletiva na Cidade Administrativa, o secretário de Comunicação do Estado, Bernardo Santos, detalhou as medidas adotadas pelo governo até o momento.
“A gente está acompanhando os fatos e obviamente tomando todas as medidas que são necessárias. Algumas delas já foram tomadas. Nesse último sábado, um dos suspeitos foi exonerado. A gente, como não tem poder de polícia, tomou a medida administrativa mais drástica que a gente podia tomar”, afirmou o secretário.
As autoridades identificaram ao menos 42 empresas ligadas ao grupo investigado. Mesmo diante das investigações, segundo o secretário Bernardo Santos, os processos de licenciamento ambiental não podem ser interrompidos. “O governo está trabalhando para simplificar o licenciamento e torná-lo mais justo aos empreendedores. Afinal, Minas Gerais tem no nome um estado que trabalha com a mineração. Então, a gente vai continuar licenciando os projetos. Obviamente que os projetos que estão sob suspeita vão ser analisados e vão ser reavaliados, mas isso não pode parar o estado”.
No último sábado, antes da operação deflagrada nesta quarta-feira, o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Rodrigo Gonçalves Franco e o ex-diretor de Gestão Regional de Feam, Vitor Reis Salum Tavares, foram exonerados do cargo sob suspeita de envolvimento no esquema investigado. No fim da tarde desta quarta-feira foi publicada no Diário Oficial do Executivo a decisão de afastamento e exoneração de outros quatro servidores ligados à Feam: Breno Esteves Lasmar, Diretor-Geral do Instituto Estadual de Florestas; Arthur Ferreira Rezende Delfim, cargo em comissão da Feam; Fernando Baliani da Silva, cargo em