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Agro vai puxar PIB em 2025 e isenção de tarifas tem pouco impacto, aponta Faemg

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Perspectiva da FAEMG é que o agro tenha bons resultados em 2025. (Créditos: Agência Brasil)

O PIB brasileiro vai ser impulsionado pelo agronegócio, segundo projeções divulgadas pelo Ministério da Fazenda nesta segunda-feira (10/3). A colheita recorde de soja e um ambiente externo mais favorável são os principais fatores apontados pelo governo para a recuperação do setor. O cenário foi confirmado nesta segunda-feira pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Antônio de Salvo.

Segundo Salvo, a notícia repercutiu como uma resposta positiva, depois de um 2024 em que o PIB brasileiro cresceu 3,4%, enquanto o PIB do agro foi na contramão e recuou 3,2%, a queda mais expressiva desde 2016.

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“Para 2025, a perspectiva da Faemg é que o agro tenha bons resultados. Apostamos na evolução da agricultura regenerativa, que utiliza de tecnologia para renovação da produção. Graças às empresas de pesquisa, estamos aprendendo a trabalhar o solo tropical com mais produção por área, respeitando as questões ambientais, porém dando mais lucratividade não apenas nas exportações, mas na segurança alimentar de brasileiros e mineiros” afirmou.

O dirigente explicou que a queda do PIB do agro teve destaque frente ao crescimento vertiginoso que o setor teve nos últimos quatro anos, em que a base de aumento foi ampla. Para ele, com a diminuição do preço das commodities produzidas no Brasil, o PIB teve um decréscimo relevante se comparado aos anos anteriores.

Efeitos climáticos

Antônio de Salvo destaca que o resultado é reflexo dos efeitos climáticos que atingiram as culturas de café no Sul de Minas, Triângulo Mineiro e Matas de Minas, onde as geadas de 2020 a 2022 e a alta incidência de chuvas com granizo afetaram de forma irreversível as plantações.

A seca de mais de 200 dias em 2024, segundo o presidente, fez um estrago nas safras, e esse cenário de baixa produção contribuiu para que a exportação do Brasil sofressem um impacto considerável com a demanda cada vez maior pela bebida nos países asiáticos.

Isenção de tarifas dos alimentos

Sobre os impactos da isenção de impostos sobre os alimentos, Salvo afirma que, no entendimento da FAEMG, as medidas não vão impactar diretamente na queda dos preços, porque carne, café e açúcar não são passiveis de serem importados a preços menores do que aqueles produzidos no mercado interno.

“Somos os maiores produtores de carne, café e açúcar do mundo, então dificilmente vamos ter logística e capacidade de distribuição para trazer um contrafilé da Austrália para ser consumido em um bairro de BH a um preço menor do que aquele produzido em Betim. Mas estamos entendendo a tentativa do governo de abaixar os preços”, ressaltou.

Para o presidente da Faemg, a redução da carga tributária de insumos agrícolas pelo governo federal não foi positiva no que diz respeito ao seu objetivo, pois valoriza o agricultor de outros países que competem o produtor brasileiro.

“Foi um acordo de comércio desleal, pois faltou conversa com o setor produtivo brasileiro”, acrescenta.

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