A Samarco vive um novo ciclo de crescimento e, com ele, consolida um modelo de mineração que redefine padrões de tecnologia e segurança no país. Depois de cinco anos de operações paralisadas, a empresa retomou a produção em 2020 com um modelo sem barragens de rejeitos. Desde 2024, já opera com 60% da capacidade produtiva, equivalente a 15 milhões de toneladas por ano. A meta é chegar a 100% até 2028, com investimentos estimados em R$ 13 bilhões e um princípio inegociável: crescer com responsabilidade, eficiência e segurança.
O que sustenta esse avanço é a combinação entre inovação tecnológica, processos integrados e uma gestão baseada em dados. Esse modelo reposiciona a empresa no mercado global e reforça a confiança da sociedade nas operações (faça um tour virtual pelas unidades da Samarco).
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O fim das barragens de rejeitos e o empilhamento a seco
Em seu novo processo produtivo, cerca de 80% do rejeito gerado, que é arenoso, é filtrado e empilhado a seco, enquanto os 20% restantes, compostos por ultrafinos, são destinados à Cava Alegria Sul, uma estrutura rochosa e confinada, segura e monitorada.
A tecnologia de filtragem do rejeito usada pela Samarco foi desenvolvida ao longo de anos de pesquisa e hoje permite reaproveitar cerca de 90% da água utilizada no processo produtivo, reduzindo a necessidade de novas captações e minimizando impactos ambientais. Essa mudança marcou o início de uma mineração mais eficiente, com forte ênfase na sustentabilidade e na gestão hídrica responsável.
Além de reduzir riscos, o rejeito arenoso gerado é homogêneo, estável e, em muitos casos, reaproveitado em outras aplicações sustentáveis, como na pavimentação de estradas e em projetos de construção ecológica.
Monitoramento 24 horas por dia
Garantir segurança em tempo integral é um princípio que norteia todas as decisões operacionais da Samarco. Para isso, a empresa criou o Centro de Monitoramento e Inspeção (CMI), que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana.
No local, equipes especializadas acompanham em tempo real o comportamento das estruturas geotécnicas sob responsabilidade da empresa. O sistema é alimentado por sensores, radares e câmeras de alta precisão, permitindo a análise contínua de dados e respostas rápidas diante de qualquer anomalia.
Além do CMI, a Samarco conta com o Centro de Operações Integradas (COI): um ambiente que conecta suas unidades em Minas Gerais e Espírito Santo.
A empresa opera de forma totalmente integrada. Do Complexo de Germano, em Minas Gerais, onde ocorre a extração e o beneficiamento do minério de ferro, até o Complexo de Ubu, no Espírito Santo, responsável pela pelotização e embarque, todas as etapas são conectadas por minerodutos de cerca de 400 quilômetros.
Essa estrutura é monitorada em tempo real, o que permite o controle total do processo e a antecipação de eventuais riscos. A integração operacional garante eficiência logística, menor consumo energético e otimização de recursos.
O COI, inaugurado entre 2022 e 2023, é o cérebro dessa rede. Nele, profissionais de diferentes áreas trabalham lado a lado analisando dados, simulando cenários e tomando decisões baseadas em indicadores de desempenho, segurança e sustentabilidade.

Descaracterização de estruturas
Outro marco importante na consolidação do novo modelo de mineração da Samarco é o processo de descaracterização das antigas estruturas alteadas a montante: a cava e a barragem do Germano.
Ambas estavam inativas desde 2015 e foram incluídas em um rigoroso plano de desativação. A cava do Germano foi completamente descaracterizada em 2023, antes do prazo previsto. A barragem do Germano já atingiu 92% de avanço nas obras e sua descaracterização completa está planejada para 2026. O objetivo é garantir a estabilidade permanente das estruturas.
Todo o processo é acompanhado mensalmente pelo Ministério Público de Minas Gerais, por meio de auditoria independente especializada, e segue as normas estaduais e federais vigentes.
Mais de R$ 3 bilhões já foram investidos nas obras de descaracterização, que mobilizaram cerca de 4 mil trabalhadores, 60% deles contratados nas comunidades locais.
O processo também incorpora práticas de economia circular: em 2024, foram reaproveitadas 18 milhões de toneladas de rejeito arenoso nas próprias obras de descaracterização até julho de 2025. O aproveitamento reduz a necessidade de insumos externos, como areia e brita, diminui o tráfego de caminhões e aumenta a vida útil de outras estruturas de disposição de estéril e rejeito.
Essa prática está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, em especial aos que tratam de inovação e produção responsável.
Crescer com responsabilidade: 100% até 2028
A inovação da Samarco também se estende à eficiência energética e à redução de emissões. A empresa vem testando o uso de bio-óleo nas usinas de pelotização, um projeto pioneiro no setor, que tem como objetivo substituir gradualmente o gás natural e reduzir a pegada de carbono das operações.
Além disso, as plantas de beneficiamento do minério passaram por modernizações tecnológicas que aumentam a eficiência e reduzem a geração de rejeitos. A empresa investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento para alcançar disposição 100% a seco, inclusive do rejeito ultrafino, o que eliminaria completamente a necessidade de cavas ou barragens no futuro.
Esses avanços materializam o compromisso assumido pela Samarco, desde o início da retomada das operações, em atingir 100% da capacidade produtiva instalada até 2028 por meio de uma mineração diferente, mais segura e sustentável e que seja capaz de gerar valor para a sociedade.