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Em alinhamento com a COP30, Ministério da Saúde lança plano de R$ 9,8 BI para adaptar o SUS às mudanças climáticas

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04/12/2025 16:39
Atualizado há 3 horas

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Recursos são para construção de UBS, UPA e hospitais (Reprodução: Fernando Frasão/Agência Brasil)

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O Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 9,8 bilhões em ações de adaptação no SUS, no último domingo (30/11), incluindo a construção de novas unidades de saúde e a aquisição de equipamentos resilientes às mudanças climáticas.

Em nota, a pasta informou que as iniciativas integram o AdaptaSUS, plano apresentado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém. O plano tem como objetivo preparar a rede de saúde para enfrentar os impactos das mudanças climáticas.

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No 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão), onde o anúncio do investimento foi feito, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou a crise climática como um problema de saúde pública e destacou que, em todo o mundo, um a cada 12 hospitais paralisa suas atividades devido a eventos climáticos extremos.

Durante o evento, o ministro também lançou o Guia Nacional de Unidades de Saúde Resilientes, que orienta sobre a construção e adaptação de unidades básicas de saúde (UBS), unidades de pronto atendimento (UPA) e hospitais, de forma que as estruturas possam resistir a eventos climáticos adversos.

De acordo com a pasta, o documento passa a integrar projetos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Saúde), com diretrizes sobre estruturas reforçadas, autonomia de energia e água, inteligência predial e padrões de segurança.

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Além disso, foi instalado um grupo técnico responsável por detalhar as diretrizes de resiliência, composto por especialistas do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Organização Panamericana da Saúde (Opas) e de conselhos de saúde.

Ética em Pesquisas

Ainda durante o congresso, o ministério apresentou a criação da Instância Nacional de Ética em Pesquisa (Inaep), com o objetivo de modernizar o sistema brasileiro de avaliação ética em estudos com seres humanos. A nova estrutura, segundo a pasta, agiliza análises, reduz duplicidades, define critérios de risco e regula biobancos, aproximando o Brasil das melhores práticas internacionais e ampliando sua participação na pesquisa clínica global.

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