COP30 - Brasil 2025

COP 30: Veja os principais pontos do discurso de Lula na abertura

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10/11/2025 12:47
Atualizado há 5 horas

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Presidente Lula na abertura da Cop 30 em Belém (Reprodução)

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O presidente Lula abriu a COP-30 em Belém nesta segunda-feira (10/11) com um discurso marcado por críticas ao financiamento de guerras, cobrança por ações concretas contra a crise climática e valorização simbólica da Amazônia como sede do evento.

Lula exaltou o povo do Pará, afirmou que realizar a conferência na região é um ato político e defendeu que “é mais barato investir em clima do que em conflito”, ao comparar trilhões gastos em armamentos com a falta de recursos para o combate ao aquecimento global.

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Confira os principais pontos do discurso de Lula:

Homenagem ao povo do Pará

Logo na abertura, Lula quebrou o protocolo para exaltar os anfitriões da conferência e agradecer pela recepção dos delegados.

“É muito difícil falar sem antes homenagear o povo do Pará. Vocês vão participar de um evento em um estado que tem um povo maravilhoso. Homens e mulheres muito alegres, muito educados, que vão cuidar de vocês aqui como vocês jamais foram cuidados.”

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O presidente incentivou os participantes a vivenciar a cultura local e experimentar a culinária paraense.

“Tirem proveito da cidade, da alegria, da beleza, do carinho e do amor de homens e mulheres que vão receber vocês. Sobretudo, tirem proveito da culinária do Pará. Vocês vão comer comida que vocês não comeram em nenhum lugar do mundo.”

Até citou a maniçoba, prato tradicional: “Estamos numa disputa para ver qual é a melhor maniçoba: a do Pará, a do Rio de Janeiro ou a da Bahia.”

COP na Amazônia como ato político

Lula disse que levar a conferência para Belém não foi uma escolha de conveniência, mas um gesto político de enfrentamento.

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“Seria mais fácil ter feito a COP em uma cidade acabada, numa cidade que não tivesse problema. Nós resolvemos aceitar o desafio de fazer a COP no coração da Amazônia para provar que, quando se tem disposição política, nada é impossível.”

E reforçou: “O impossível é não ter coragem de enfrentar desafios.”

Crítica global aos gastos com guerras

Lula comparou o investimento mundial em conflitos armados com a falta de recursos destinados ao combate às mudanças climáticas.

“Se os homens que fazem guerra estivessem aqui, iriam perceber que é muito mais barato colocar 1 trilhão e 300 bilhões de dólares para acabar com o problema climático do que colocar 2 trilhões e 700 bilhões de dólares para fazer guerra.”

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Para ele, trata-se de uma escolha moral:

“A humanidade não pode aceitar que se invista mais em morte do que em vida.”

Falta de ação após 30 anos de promessas

Lula lembrou que o mundo acumula discursos sobre clima desde a Rio-92, mas ainda sem resultados proporcionais à urgência.

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“Há mais de 30 anos, na Cúpula da Terra, os líderes do mundo se reuniram. Continuamos discutindo, continuamos prometendo. Mas a mudança concreta ainda não aconteceu na escala necessária.”

Ciência, povos da floresta e justiça climática

O presidente afirmou que a Amazônia precisa de desenvolvimento — mas com inclusão e sustentabilidade.

“A Amazônia não é um santuário intocado. É uma região habitada por milhões de pessoas que querem e têm direito ao desenvolvimento.”

E completou:

“Não se combate pobreza proibindo o povo de produzir. Se combate pobreza dando condições para produzir sem destruir.”

Chamado para cooperação internacional

Lula disse que o enfrentamento ao aquecimento global exige ação conjunta das nações.

“Nenhum país resolverá esse problema sozinho. Ou o mundo atua junto, ou falharemos juntos.”

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