O estudo Termômetro das Redes – COP30 Amazônia revela que as redes sociais já refletem parte da complexidade temática da COP30, marcada para novembro deste ano em Belém (PA). Segundo os dados, política ambiental, justiça climática, povos originários, desmatamento, Amazônia e transição energética são os eixos mais abordados nas postagens.
Apesar da pluralidade, mais de 50% das publicações se concentram em apenas cinco eixos temáticos, o que mostra uma estrutura de discurso ainda limitada em termos de amplitude.
A análise do estudo também identificou que o debate sobre a COP30 ainda é “pautado por um campo restrito de narrativas e agentes, com pouca presença de conteúdos mais populares ou com linguagem acessível.” Mesmo com o uso de vídeos curtos e formatos voltados para o TikTok e Reels, o alcance não extrapola os círculos já interessados na pauta climática.
Entre os perfis que mais impactaram o debate estão Meio em Meio, Mídia Ninja, MST Oficial, Sônia Guajajara e Guilherme Boulos, além de figuras institucionais como Marina Silva e a ONU Brasil. No entanto, menos de 20% das postagens com alto alcance são assinadas por pessoas da região Norte.
“É urgente ampliar a participação de comunicadores amazônidas e garantir que a COP30 não seja apenas um evento sediado na Amazônia, mas narrado por ela”, destaca o estudo.
O levantamento completo foi produzido por Polis Consulting, AND ALL e P.R Comunicação Estratégica e traz contribuições valiosas para campanhas, coletivos, veículos de mídia e instituições que queiram fortalecer a comunicação sobre a COP30 e suas conexões com justiça climática e protagonismo territorial.