COP30 - Brasil 2025

COP30 nas redes: estudo revela baixa presença de vozes amazônidas e alcance em bolhas

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24/07/2025 11:54
Atualizado há 4 horas

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Estudo mostra que debates sobre a COP30, nas redes, são dominados por sudestinos (Dinei Souza/Agência Belém)

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A menos de três meses da Conferência do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas), que será realizada em Belém (PA), o debate sobre a COP30 já movimenta as redes sociais. Mas, segundo o estudo Termômetro das Redes – COP30 Amazônia, a discussão está restrita a bolhas e tem pouca diversidade de vozes amazônidas.

O levantamento analisou 127 mil postagens nas plataformas X, Instagram, Facebook, YouTube e TikTok entre 1º de janeiro de 2023 e 25 de abril de 2024.

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Apesar do volume expressivo, o estudo aponta um baixo alcance médio por publicação, o que indica que o conteúdo circula majoritariamente em comunidades já engajadas no tema. Mais da metade das postagens têm menos de 10 curtidas.

“Esse fenômeno de baixa capilaridade sugere que o debate está fechado em bolhas de ativismo climático, ambientalismo e militância política, sem diálogo efetivo com o público geral”, explicam os pesquisadores.

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Outro dado que chama atenção é a ausência de lideranças e narrativas amazônidas entre os conteúdos mais populares. “Poucas vozes da Amazônia têm visibilidade nas redes. Ainda estamos diante de uma cobertura majoritariamente sudestina sobre a COP30, o que é um contrassenso diante da relevância local do evento”, afirma o estudo.

O relatório também mostra que figuras públicas de outros segmentos – como política institucional, influenciadores ambientais e perfis jornalísticos – acabam dominando o debate, ainda que de forma dispersa.

Entre os perfis que mais impactaram o debate estão Meio em Meio, Mídia Ninja, MST Oficial, Sônia Guajajara e Guilherme Boulos, além de figuras institucionais como Marina Silva e a ONU Brasil. No entanto, menos de 20% das postagens com alto alcance são assinadas por pessoas da região Norte.

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