Via de regra, é difícil que países se abram de fato ao comércio internacional. Mais difícil ainda é separar o interesse público dos interesses corporativos. Proteger o produtor nacional é politicamente tentador, rende discurso fácil e funciona em praticamente todas as sociedades desde muito antes do surgimento do capitalismo. A ideia de fechar o mercado para defender o produto local é velha, recorrente e extremamente sedutora. Nos últimos 50 anos, o Brasil foi com folga um dos maiores exemplos do que não fazer em política comercial. Fechamos demais a economia, protegemos setores ineficientes, criamos barreiras tarifárias e não tarifárias, muito acima da média mundial.
