Pela primeira vez no ano, o boletim Focus passou a projetar a inflação dentro do intervalo da meta, no menor patamar dos últimos quatro anos. Mas o alívio é apenas parcial. A queda nas projeções não vem de reformas internas ou responsabilidade fiscal, e sim de choques positivos externos: valorização do real por diversificação global de risco, safras recordes que derrubaram preços de alimentos e recuo do petróleo com a desaceleração internacional. Enquanto isso, a inflação de serviços segue elevada, pressionada pelo mercado de trabalho aquecido e pela renda maior, mostrando que o Banco Central continua sozinho no combate inflacionário. O resultado melhora, mas pouco disso é fruto das escolhas do governo brasileiro. Ouça abaixo!
