O conceito nasceu na Europa, no fim do século XIX, quando as primeiras bicicletas começaram a ser usadas para longas travessias. Desde então, o cicloturismo se tornou um movimento global que une aventura, bem-estar, sustentabilidade e conexão com as pessoas e com o meio ambiente.
O mais encantador é que, pedalando, a gente redescobre o Brasil das pequenas cidades, onde o tempo parece correr diferente, no tempo da bicicleta. Em cada parada, há um pedacinho da memória viva do país: o artesão que ainda trabalha como antigamente, a quitandeira que guarda receitas de família, o sotaque acolhedor que muda de cidade em cidade.
Numa cicloviagem por esses lugares, a gente entende que pedalar é também uma forma de viajar no tempo e de se conectar com a alma dessas pequenas grandes cidades. Mais do que um passeio, o cicloturismo é uma maneira diferente de conhecer o mundo, e de se conhecer também.
Cada parada no caminho movimenta a economia local, valoriza o pequeno comércio, incentiva o turismo sustentável e aproxima quem pedala das comunidades que fazem parte da rota. E o Brasil está pedalando firme nessa direção.
Do Norte ao Sul, surgem novas rotas e projetos voltados ao turismo sobre duas rodas. Em Minas Gerais, o cenário é ainda mais promissor: natureza exuberante, boa comida, cultura viva e hospitalidade de sobra.
Um ótimo exemplo é a Rota Vales dos Tropeiros, na região do Vale do Rio Doce, que resgata a história e a tradição dos antigos caminhos do interior mineiro, um verdadeiro mergulho na identidade e na memória do nosso país.
Uma cicloviagem é uma experiência transformadora. E, na próxima semana, eu vou te contar como se preparar para essa aventura: o que levar, como treinar e como planejar cada etapa dessa jornada sobre duas rodas.
