Vamos falar de um problema sério que corrói a base de qualquer empresa: a confiança. Se você é líder, pare e reflita. As pessoas confiam de verdade no que o CEO ou a alta diretoria da sua empresa estão dizendo? A resposta fria dos números pode ser um choque para você, viu?
Uma pesquisa do Edelman Trust Barometer, citada pelo portal Gestão RH, mostrou que, no Brasil, 48% dos colaboradores não confiam em seus CEOs. Quase metade da força de trabalho olha para o líder máximo com ceticismo. Isso é a tal crise da voz do dono. O poder está no topo, mas a credibilidade não.
Os colaboradores, em geral, confiam muito mais nos seus gestores imediatos, aqueles que estão próximos e são mais transparentes, do que no discurso polido e distante do grande líder. O que acontece é que o discurso do CEO, muitas vezes, é genérico demais ou focado apenas no lado financeiro, sem abordar as questões que realmente afligem a vida do colaborador.
Não é sobre falar mais bonito, é sobre falar a verdade e, mais importante, é sobre ouvir. A pesquisa mostra que os colaboradores precisam escutar a visão do líder sobre o futuro, mas querem uma comunicação de mão dupla. Então, comece a fazer diferente. Elimine o discurso pronto, abandone aquele texto genérico do PowerPoint, fale do impacto pessoal, conecte a estratégia da empresa diretamente com a vida das pessoas.
Abra o diálogo. Em vez de você fazer um discurso de 1 hora, faça um de 10 minutos e dedique 50 minutos para responder a perguntas não filtradas do público. Comunique-se de perto e conquiste a credibilidade para que a sua palavra de líder seja, de fato, ouvida e seguida.
