O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que a duplicação da BR-381 em Minas Gerais não depende de emendas parlamentares para ser executada, mas reconheceu que eventuais recursos adicionais da bancada federal mineira poderiam contribuir para reduzir o valor do pedágio previsto no novo contrato de concessão.
Questionado sobre movimentações de parlamentares locais para destinar emendas à obra, que tem previsão de investimento de cerca de R$ 5,5 bilhões em 30 anos, o ministro foi categórico ao dizer que o financiamento do projeto está garantido.
“Não precisarão. O Governo Federal fez uma licitação equilibrada, ganhou uma empresa que está cumprindo o cronograma”, afirmou.
Renan Filho destacou que o modelo contratado assegura que todo o investimento será suportado pela tarifa paga pelos usuários, sem necessidade de aportes públicos. Ele disse que trechos já apresentam melhorias, como pavimento renovado e instalação de torres de telefonia para garantir conectividade. A duplicação efetiva terá início em fevereiro do próximo ano.
Ainda assim, o ministro ponderou que emendas poderiam, sim, gerar efeitos positivos para o usuário. “Se tiver emenda, a gente pode até baratear a tarifa. Tem que verificar como colocar a emenda numa obra privada, mas recursos adicionais são sempre bons”, disse.
Renan Filho também ressaltou que, embora a BR-381 já possua solução contratual definida, outras rodovias mineiras poderiam se beneficiar mais facilmente de emendas estruturantes, como as BRs 251 e 367, além do trecho entre Belo Horizonte e Caetés, que será executado como obra pública. “Se a bancada quisesse colocar emenda, ajudaria bastante”, observou.
Segundo ele, nessas estradas o uso de recursos parlamentares seria mais direto e teria impacto significativo na aceleração das intervenções.
