Dar feedback é essencial para liderar, mas, se você faz isso sem preparo, o que era para ajudar pode acabar virando crítica — e crítica mal dada, você já sabe, vira ruído. A verdade é que muita gente ainda acha que feedback é bronca ou então espera a avaliação semestral para despejar tudo de uma vez.
Resultado: a outra pessoa se sente atacada, não escuta o que precisa melhorar e a relação fica abalada. Mas existe uma forma mais estratégica e humana de fazer isso. Eu costumo ensinar a técnica MAIS, um jeito simples de lembrar o que não pode faltar num bom feedback.
O M é de momento. Evite dar feedback no calor da emoção ou em público. Espere a poeira baixar e escolha um ambiente seguro e reservado. Aproveite para deixar claro também a que momento da atuação da outra pessoa se refere o seu feedback.
O A é de ato específico. Fale sobre um comportamento claro, com data, contexto e impacto. Esqueça frases vagas como: “Você é desorganizado.”
O I é de impacto. Mostre para o outro, sob o seu ponto de vista, qual foi o impacto daquela atitude que gerou esse feedback. Faça isso sempre em um tom educado e respeitoso.
O S é de sugestão de melhoria. Não basta apontar o erro — mostre caminhos, dê alternativas, oriente a ação.
Feedback não é sobre o que você sente, é sobre o que o outro precisa ouvir para crescer.
E, quando você aplica essa técnica, transforma crítica em construção.