O Brasil se destaca cada vez mais quando o assunto é produzir no campo. Um recente estudo, divulgado pela Oxford Economics, mostra que, se o país abraçasse de maneira mais decidida sua vocação agrícola, teria um resultado possível de 1 ponto percentual a mais de crescimento por ano no PIB.
No primeiro trimestre de 2025, sustentando as revisões para cima do crescimento brasileiro, o agronegócio cresceu 12%. Um resultado que não é um episódio isolado, mas uma marca: nas últimas três décadas, a produtividade do setor avançou quase 6% ao ano. Resultado de tecnologia, eficiência e dedicação por produzir.
O pulo do gato no agro
Em seu estudo, a Oxford Economics olha para exemplos como Canadá, Austrália e Noruega e manda o recado: não basta vender soja. O pulo do gato está em transformar uma economia de commodities numa economia de serviços robusta e globalmente integrada. Ou seja, não só tirar do campo, mas transformar ao redor do campo: logística de ponta para escoamento e exportação, e uma educação básica forte para formar profissionais para setores de serviços mais produtivos e dinâmicos.
É hora de entender que o agro não é o passado, mas uma ponte para o futuro. Não se trata só de aumentar a colheita, mas de plantar uma nova economia ao redor dela. Com planejamento, investimento e uma boa dose de ousadia, o Brasil não só alimenta o mundo, mas passa a disputar com as maiores economias a liderança de uma era mais sustentável e inteligente.
Se o campo brasileiro é tão fértil para produzir grãos e proteína, por que não pode produzir também as bases para uma nova economia? É só mudar o olhar, regar as boas ideias e colher, quem sabe, o maior salto de desenvolvimento da nossa história.