No Visão Macro de hoje, vamos dar continuidade às análises dos agregados macroeconômicos. Mais especificamente, vamos falar do dado mais importante como conexão entre PIB e inflação: o emprego, ou seja, o mercado de trabalho como um todo.
Primeiro ponto: é importante separar que a força de trabalho é exatamente o somatório de todas as pessoas empregadas e das pessoas desempregadas na economia.
Agora, um cuidado adicional: pessoas desempregadas não são apenas aquelas que não têm emprego no momento. Pela definição macroeconômica, elas devem estar procurando emprego. Ou seja, para fazer parte da força de trabalho, é necessário estar em busca ativa de ocupação. Caso contrário, a pessoa é considerada desalentada e não entra no cálculo da taxa de desemprego.
O segundo ponto muito relevante aqui é que o emprego tem conexão direta com a atividade econômica.
- Níveis de atividade mais aquecidos, ou seja, PIB em crescimento, significam mais produção pela ótica da produção.
- Pela ótica da renda, temos a mesma simbiose para o cálculo do PIB: mais produção implica mais contratação.
Além disso:
- Mais empregos significam menor risco de demissões.
- Mais renda disponível fortalece o consumo e a poupança ao longo do tempo, impactando diretamente o PIB, que é função de consumo, investimento, gasto do governo e exportações líquidas (nosso comércio com o resto do mundo).
Lembrando: o Brasil não é uma ilha, e isso importa para todos os mercados em termos de conexão entre os agregados macroeconômicos.
No fim, temos o tripé PIB, inflação e emprego, interligados por um elemento central: os salários, que são a ponte entre a renda gerada e o consumo que movimenta a economia.