Agosto começou sob a pressão das expectativas em relação aos impactos do tarifário americano. O mercado financeiro entrou em modo “esperar para ver”, com gestores demonstrando cautela diante de possíveis desdobramentos diplomáticos ou jurídicos.
Como sempre, o mercado imobiliário encontra caminhos em tempos de instabilidade econômica: o imóvel segue sendo visto como porto seguro. Investidores começam a migrar do mercado financeiro para ativos reais, e o tijolo continua sendo símbolo de solidez.
Com a Selic ainda na casa dos 15% ao ano, o crédito imobiliário fica mais caro. Isso pode desanimar parte da demanda, mas também abre espaço para oportunidades, especialmente para quem tem capital próprio e sabe onde pisar. Imóveis prontos para morar ganham destaque nesse cenário, vistos como proteção patrimonial diante da volatilidade do mercado.
Por outro lado, o setor da construção civil sente a pressão: os insumos importados encarecem e muitos lançamentos podem sofrer reavaliações de preço. Resultado: estoques prontos ganham valor.
Ou seja, o tarifasso balançou a economia, mas também acendeu o radar dos bons investidores. E, como eu sempre digo: com informação, é possível atravessar qualquer tempestade e até fazer bons negócios no meio dela.