Alexandre Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte e candidato derrotado ao governo de Minas nas eleições de 2022, estava sumido das postagens políticas desde as últimas eleições municipais. Naquele pleito, ao invés de apoiar seu ex-vice-prefeito Fuad Noman, que disputava a prefeitura da capital mineira, Kalil decidiu apostar suas fichas em Mauro Tramonte, mudando até de legenda política. A escolha foi interpretada por muitos como um movimento estratégico, mas também como um sinal de afastamento da gestão que ajudou a construir.
No entanto, após meses de silêncio, Kalil ressurgiu nas redes sociais. O motivo? Uma postagem inusitada do senador Cleitinho Azevedo, que tietou, de maneira estranha ao rito de uma sessão parlamentar, publicamente a influenciadora Virgínia Fonseca em uma sessão do Senado. Virgínia, que participava de um depoimento, foi recebida com elogios efusivos, e pedidos de selfie, pelo parlamentar, gerando burburinho nas redes e uma enxurrada de críticas sobre o comportamento pouco convencional para os padrões do Senado.
Kalil mitou
Foi aí que Kalil decidiu quebrar o silêncio. Em tom provocativo, disparou: “Depois dessa, definitivamente sou candidato ao governo de Minas.” A frase ecoou rapidamente, dividindo opiniões e ressuscitando especulações sobre seu futuro político.
Mas, afinal, trata-se apenas de uma provocação ou estamos diante de um anúncio velado? Kalil é conhecido por seu estilo direto e, muitas vezes, impulsivo. Suas falas carregam uma autenticidade rara no cenário político, mas também o colocam sob os holofotes das polêmicas. Ao cutucar Cleitinho, Kalil pode estar medindo a temperatura do público, sentindo se ainda possui respaldo popular para alçar voos mais altos.
A disputa pelo governo de Minas já começa a desenhar seus primeiros contornos e o retorno de Kalil ao tabuleiro é um movimento a se observar. Resta saber se essa provocação será mantida ou se ficará apenas como mais um dos seus conhecidos rompantes nas redes sociais.
De uma forma ou de outra, Kalil deixou claro que, quando se trata de política, o seu silêncio é apenas um intervalo para o próximo ato.