Consulta pública discute regulamentação da proteção patrimonial mutualista

Siga no

O processo, conduzido pela Susep, ficará aberto por 45 dias e permitirá que toda a sociedade contribua para a construção das normativas do setor (Foto: Freepik).

Compartilhar matéria

Na última sexta-feira (15/8), foi aberta a consulta pública sobre a Lei Complementar 213/2025, que regulamenta as associações de proteção patrimonial mutualista, conhecidas principalmente pela atuação na proteção veicular. O processo, conduzido pela Susep, ficará aberto por 45 dias e permitirá que toda a sociedade contribua para a construção das normativas do setor. “Estamos falando de mais de 8 milhões de veículos e 2.217 associações cadastradas na Susep. O impacto social é enorme”, destacou Kleber Victor, presidente da Federação Nacional de Proteção Patrimonial Mutualista.

Segundo Kleber, a participação popular é essencial para garantir normas claras e efetivas. “As associações conhecem de perto a operação. A essência da lei precisa estar refletida na prática, para que se proteja tanto o associado quanto a sustentabilidade do segmento”, afirmou. Ele lembrou que a lei foi aprovada em dezembro de 2024, sancionada em janeiro deste ano e agora entra na fase de definição de regras pela autarquia.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Um dos pontos de maior interesse é a distinção entre seguro tradicional e proteção patrimonial mutualista. No primeiro, o cliente contrata a cobertura para riscos futuros mediante pagamento de prêmio anual. Já no mutualismo, “a diferença fundamental é que a despesa ocorrida é rateada entre os associados. Passou 30 dias, a despesa de 30 dias se rateia no grupo”, explicou Kleber. Esse modelo, segundo ele, atinge públicos que dificilmente seriam contemplados pelo seguro tradicional.

Confira:

Outro desafio apontado é garantir que a regulamentação traga segurança sem criar barreiras. “Regulamentar não é criar travas. Pelo contrário, é trazer clareza e segurança jurídica. Hoje, com milhões de associados, a tendência é de crescimento. Precisamos de normas que organizem o setor sem inviabilizar sua atuação”, defendeu Kleber. A consulta também busca ouvir federações estaduais e representantes das associações para aperfeiçoar a minuta divulgada pela Susep.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Por fim, Kleber lembrou que o modelo mutualista não é uma invenção brasileira, mas uma prática consolidada internacionalmente. “O mutualismo nasceu da essência do associativismo, de pessoas que se unem para proteger seu patrimônio. Em Minas, começou com caminhoneiros; na Europa, já é aplicado há décadas. Agora, a lei abre caminho para expandir essa lógica também a outros bens e até ao cooperativismo agrícola”, disse. Para participar, basta acessar o site da Susep e enviar contribuições dentro do prazo de 45 dias.

Compartilhar matéria

Siga no

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de 98

Lula assina projeto de lei Antifacção e envia ao Congresso em regime de urgência

PBH anuncia projeto de requalificação do Centro: ‘Vamos ver prédios onde tinha galpões’, diz Damião

Chefe da Polícia Civil do RJ diz que CV é uma organização terrorista que tem os Complexos da Penha e do Alemão como ‘QG’

Com inspiração no SUS, Lula sanciona lei que cria o Sistema Nacional de Educação

Na UTI há duas semanas, Lô Borges passa por hemodiálise

Governadores de direita anunciam ‘Consórcio da Paz’ após megaoperação no Rio

Últimas notícias

‘Assunção vai ficar pequeno pra nós’: zagueiro do Atlético projeta final da Sul-Americana

Classificado na Sul-Americana, Atlético encara o Internacional no Brasileirão; saiba onde assistir

No Mineirão lotado, Cruzeiro encara o Vitória pelo Brasileirão; saiba onde assistir

Um ano do Novo Acordo do Rio Doce: reparação avança com resultados concretos

Destaque da base, Mosquito acerta renovação com o Atlético até 2030

Sem Scarpa, Atlético perde outro titular para enfrentar o Internacional; veja provável escalação

Comece pelo Porquê: o livro que todo profissional deveria ler

FGTS: mais de 10 bilhões de reais em depósitos atrasados no Brasil

Roupas não são gasto: são estratégia de posicionamento profissional