O presidente Lula anunciou nesta segunda-feira (12/5), que a China vai investir cerca de 27 bilhões de reais no Brasil. A declaração ocorreu após o presidente brasileiro participar do Fórum Empresarial Brasil-China, com investidores chineses e brasileiros.
Entre as principais áreas de investimento dos chineses está o setor da saúde, de onde resultaram acordos bilaterais para a criação de um centro de excelência em pesquisa e desenvolvimento de vacinas no Brasil, em parceria com as empresas farmacêuticas Eurofarma e Sinovac Biotech.
Além disso, as conversas também incluem uma proposta de parceria para construir no Brasil uma plataforma industrial de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) e memorandos de entendimento na área de equipamentos de imagem (VMI).
O acordo na área de insumos está sendo articulado com a Aurisco e a Nortec Química S.A., maior produtora de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) da América Latina, e visa reduzir a dependência externa e ampliar a capacidade nacional de produção de insumos farmacêuticos ativos em áreas críticas.
Segundo o governo federal, a fabricação de equipamentos de tomografia computadorizada e ressonância magnética no Brasil tem o intuito de reduzir custos de aquisição e manutenção, além de expandir o acesso a esses equipamentos em cidades de médio e pequeno porte. Atualmente, apenas 15% dos municípios brasileiros possuem esses equipamentos.
Impactos dos novos investimentos
Segundo o Palácio do Planalto, os novos acordos preveem ainda investimentos em setores como carros elétricos, energia limpa, mineração, saúde e até no setor de delivery.
A especialista em comércio exterior, Stefânia Ladeira, explica que o estreitamento da relação entre Brasil e China pode significar um fortalecimento para além das commodities.
“Hoje foi um dia muito bom, com anúncios de parcerias importantes. E a relação Brasil e China está saindo muito fortalecida desses acordos. Quando falamos de commodities, como a soja, já é um mercado fortalecido e a quantidade negociada é muito grande. Mas quando falamos de outros itens, por exemplo, produtos alimentícios, cosméticos e água, vemos que o Brasil está abrindo novos mercados com a China. E isso é muito positivo, porque a China é o maior parceiro comercial do nosso país”, destacou.