BH é a capital com menor percentual de mulheres guardas municipais

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Associação Nacional cobra contratação de mais profissionais (PBH/Divulgação)

Levantamento da Associação Nacional dos Guardas Municipais (AGM), divulgado nesta semana, mostra que Belo Horizonte é, entre as capitais, a que possui menor percentual de mulheres guardas municipais. O estudo mapeou o efetivo no Brasil e as condições de trabalho da categoria nas cidades brasileiras.

Na capital mineira, apenas 6,75% dos agentes da guarda municipal são mulheres. É o menor índice entre as 23 capitais que contam com Guarda Municipal. Na contramão, Fortaleza, Teresina e Boa vista lideram em presença feminina com, respectivamente, 33,01%, 31,54% e 30,36%, respectivamente.

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Ao lado de BH, em baixo percentual, estão Curitiba (8,06%) e Campo Grande (7,66%). O presidente da AGM, Reinaldo Monteiro, conta que há defasagem na política de inclusão das mulheres. “A maioria dos prefeitos não trabalha com esse foco. O ideal é chegar a pelo menos 40% do efetivo feminino nas capitais”, explica. “Trabalhamos para que a mulher tenha maior participação, não só no efetivo, mas também em cargos de chefia e gestão”, completa.

Defasagem e desigualdade no efetivo

Além da baixa representatividade feminina, o estudo mostra que o número de guardas municipais também é insuficiente. A AGM defende uma proporção ideal de 1 guarda para cada 250 habitantes, mas essa meta está longe da realidade das capitais.

As melhores médias estão em Campo Grande (1 para 761 habitantes) e Vitória (1 para 818). Os piores índices são de Manaus (1 para 3.971) e Porto Alegre (1 para 3.714).

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“Esses números não são suficientes para dar conta das demandas atuais. Por isso, fizemos essa pesquisa. Para deixar claro aos prefeitos que precisam contratar mais guardas, repor aposentadorias e ampliar os efetivos”, afirma Reinaldo Monteiro.

SP e RJ lideram em número de agentes

Em números totais, as maiores guardas estão nas maiores cidades:

  • São Paulo: 7.360 guardas
  • Rio de Janeiro: 7.276
  • Fortaleza: 2.814

Na outra ponta, Florianópolis tem o menor efetivo, com apenas 180 guardas municipais. BH, por sua vez, conta com 2.484 agentes.

Armas de fogo: realidade em quase todas as capitais

Das 23 capitais com guarda municipal, apenas Recife e Rio de Janeiro ainda não utilizam armas de fogo. Mas esse cenário deve mudar. Em fevereiro, a prefeitura de Recife anunciou que retomou o processo de armamento. No Rio, projetos de vereadores para alterar a Lei Orgânica avançam na Câmara Municipal.

“Defendemos que todas as guardas do país sejam armadas, conforme prevê o Estatuto Geral das Guardas. O tipo de armamento pode variar, mas o porte é essencial para atender as demandas do dia a dia”, explica o presidente da AGM.

Apesar da posição da entidade, o armamento das guardas ainda é tema de debate entre especialistas em segurança pública. Para alguns, políticas armamentistas não garantem mais segurança e podem colocar a população em risco.

PEC avança no Senado

Nesta semana, o Senado aprovou em dois turnos uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que inclui guardas municipais e agentes de trânsito no rol oficial dos órgãos de segurança pública. A proposta agora segue para a Câmara dos Deputados.

Se aprovada, a PEC 37/2022 permitirá que os municípios atribuam às guardas funções como policiamento ostensivo, proteção de equipamentos públicos e apoio às polícias estaduais.

Com Agência Brasil

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Roberth R Costa

Atuo há mais de 10 anos com jornalismo digital, formado em Publicidade e Propaganda, acumulo premiações por reportagens diversas. Editor e dev. de produtos digitais na 98.

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