A Justiça italiana decidiu manter a prisão cautelar da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP). A deliberação foi divulgada nesta terça-feira (19/8) pela Advocacia-Geral da União (AGU), após audiência realizada no Tribunal de Apelações de Roma na última quarta (13/8).
Anteriormente, a defesa de Zambelli havia pedido a conversão da prisão cautelar em domiciliar. No entanto, a Justiça rejeitou a solicitação. Com isso, a parlamentar segue detida na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma.
De acordo com a AGU, houve influência brasileira na decisão italiana. O Brasil teria enviado “documentos e argumentos jurídicos decisivos para confirmar a legalidade da prisão cautelar para fins de extradição”, que foram validados pela Suprema Corte da Itália.
A defesa de Zambelli alega “questões de saúde” na tentativa de converter a prisão cautelar em domiciliar. Ainda segundo a AGU, o ponto será reavaliado pela Justiça italiana, que determinou a realização de uma perícia médica. O laudo deverá ser descutido em nova audiência no próximo dia 27.
Carla Zambelli foi presa na Itália em 29 de julho, após ser monitorada e ter o endereço descoberto pela Polícia Federal. Em 14 de março, ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal STF a dez anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça e inserção de documentos falsos.