O governador Romeu Zema (Novo) anunciou nesta segunda-feira (1º/9) a quitação de mais uma parcela da dívida de Minas Gerais com a União. Segundo ele, foram pagos R$ 426 milhões referentes ao débito histórico do Estado. Desde 2019, início de sua gestão, Zema afirma que já foram destinados R$ 11,5 bilhões para reduzir o passivo acumulado.
Em publicação nas redes sociais, o governador destacou que os pagamentos têm sido feitos sem a contratação de novos empréstimos. “Sem pegar 1 real de empréstimo, seguimos pagando pela irresponsabilidade de quem colocou Minas no vermelho”, escreveu. A ação reforça a narrativa de responsabilidade fiscal adotada por Zema, agora pré-candidato do Novo à presidência da República.
Hoje quitamos mais R$ 426 milhões da dívida de Minas com a União.
— Romeu Zema (@RomeuZema) September 1, 2025
Desde 2019, já pagamos R$ 11,5 bi de um rombo criado há 30 anos.
Sem pegar 1 real de empréstimo, seguimos pagando pela irresponsabilidade de quem colocou Minas no vermelho.
A dívida de Minas com a União se arrasta há três décadas, resultado de sucessivos déficits orçamentários e renegociações. Atualmente, o montante ultrapassa os R$ 160 bilhões, e o governo mineiro busca alternativas para aliviar o impacto sobre as contas públicas, como a adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).
O governador tem usado os pagamentos como forma de reforçar a ideia de uma gestão austera, marcada por cortes de gastos e equilíbrio das contas. Apesar do esforço, a dívida segue como um dos principais entraves para investimentos em áreas estratégicas, como saúde, educação e infraestrutura.
A equipe econômica do governo mineiro defende que a adesão ao Propag é fundamental para garantir previsibilidade no fluxo de pagamentos e evitar novos desequilíbrios. Enquanto isso, o Estado segue destinando parte significativa de sua arrecadação para a amortização da dívida, o que limita a capacidade de novos investimentos.