O Governo de Minas exonerou, nessa quarta-feira (17/9), o presidente o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), João Paulo Martins. Daniel Silva Queiroga, chefe de gabinete de João, também foi desligado.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado após a Polícia Federal deflagrar a Operação Rejeito, que investiga uma organização criminosa acusada de corromper servidores públicos em diversos órgãos estaduais e federais de fiscalização e controle na área ambiental e de mineração. O nome de João Paulo Martins está entre os alvos da operação.
Historiador e arquiteto e urbanista, João Paulo Martins assumiu a presidência do Iepha em maio de 2024. Ele já atuou como Coordenador Técnico da Superintendência e Chefe do Escritório Técnico em Mariana do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Ele é graduado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), e mestre em História e Culturas Políticas pela UFMG.
A Rede 98 procurou o Iepha e o Governo de Minas para solicitar mais informações sobre as exonerações e aguarda o retorno.
Operação Rejeito
A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã de quarta-feira (17/9), 79 mandados de busca e apreensão e 22 de prisão em uma operação para afastar servidores públicos envolvidos em um esquema bilionário. Os procurados são acusados de corromper servidores públicos em diversos órgãos estaduais e federais de fiscalização e controle na área ambiental e de mineração.
Segundo a PF, eles buscavam autorizações e licenças ambientais fraudulentas. Essas autorizações eram utilizadas explorar irregularmente minério de ferro em larga escala, incluindo locais tombados e próximos a áreas de preservação.
A organização criminosa também teria atuado para dificultar as investigações e monitorar autoridades. Além disso, o grupo utilizou diversos artifícios para lavar o dinheiro obtido com as práticas ilícitas.
A investigação identificou projetos em andamento vinculados à organização criminosa com potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.