Para quem achava que o importante para os serviços de streaming e empresas de tecnologia em geral era ter mais e mais assinantes, prepare-se, porque uma grande mudança no jeito de fazer negócio dessas empresas está chegando.
O objetivo principal de gigantes como Disney, Netflix, Warner e Meta agora é capturar o tempo de atenção do público. Cada minuto vale dinheiro. O novo petróleo dessas companhias é o tempo do espectador.
A Disney já é referência mundial ao transformar atrações em experiências únicas — como, por exemplo, em seus parques. Parcerias com a Epic Games e a Marvel também entram nessa jogada.
A Netflix foi além do streaming: criou as Netflix Houses, investiu pesado em eventos ao vivo como WWE e NFL e quer até transmitir a Champions League — tudo para manter o público por mais tempo, inclusive fora de casa.
Já a Warner está apostando em transformar músicas em histórias audiovisuais, criando filmes, séries e documentários para dar vida nova ao seu catálogo.
Enquanto isso, a Meta aposta em apps de TV para segurar o público por mais tempo, mirando no sucesso do YouTube. E surge ainda um novo jogador na praça: David Ellison, da Skydance, que comprou a Paramount e o UFC. Ele quer aplicar a lógica da tecnologia no entretenimento.
A disputa agora é por criar universos que façam o público querer ficar. Quanto mais tempo você passa nesses mundos, mais as empresas ganham com ingressos, produtos, patrocínios e assinaturas.
No fim das contas, quem controla o seu tempo, controla o dinheiro do mercado. É isso.