Outubro é o mês das crianças e nada combina mais com a infância do que a primeira bicicleta. Ela é símbolo de liberdade, equilíbrio e descobertas. Pedalar é, para muita gente, o primeiro grande passo rumo à independência.
Mas escolher a bicicleta certa para uma criança vai muito além da cor ou do personagem preferido. É uma decisão que envolve segurança, conforto e o prazer de aprender a pedalar.
O primeiro ponto é o tamanho. A bicicleta precisa acompanhar a altura da criança — nem grande demais, para não causar insegurança, nem pequena demais, para não limitar o movimento. A medida das rodas é um bom guia:
- 12 a 14 polegadas: para crianças de até 1 metro;
- 16 e 20 polegadas: para quem já passou de 1,10 m;
- 24 polegadas: para os pré-adolescentes.

Lembre-se: bicicletas de adultos podem ter medidas semelhantes, então é importante conferir sempre as especificações do fabricante.
Outro aspecto essencial é o peso da bicicleta. Quanto mais leve, mais fácil de controlar. Bicicletas muito pesadas desanimam, atrapalham a criança e transformam o que deveria ser uma brincadeira em esforço e frustração.
A bicicleta pode ser um brinquedo, mas deve ser um brinquedo seguro. Não dá para esquecer dos freios. Os freios de manete exigem força nas mãos; por isso, para os menores, o sistema de freio contrapedal costuma ser o mais seguro. Verifique se a bike tem um bom sistema de frenagem e, claro, use sempre capacete e luvas nas primeiras pedaladas.
E, por último, vem o papel do adulto. A primeira bicicleta é um rito de passagem — e quem ensina a pedalar não ensina só equilíbrio, mas também coragem, paciência e confiança. No fim das contas, mais do que aprender a pedalar, a criança aprende a cair, levantar e seguir em frente.
Essa talvez seja a maior lição que uma bicicleta pode dar. Se quiser mais dicas sobre bicicletas infantis, procure a ONG Bike Anjo BH, que realiza oficinas gratuitas todo último domingo do mês, em Belo Horizonte.
