O Web Summit, maior evento de tecnologia e negócios do mundo, completou uma década em Lisboa e revelou o novo mapa do poder. Menos discurso, mais execução. Foram 71.000 participantes, 157 países, 1.850 investidores e quase 2.700 startups. E eu estava lá, estreando como mediador numa conversa sobre o futuro das salas de aula.
No palco central, o fundador e CEO do evento, Pad Ghosgrive, lançou um alerta que guiou a edição: o domínio tecnológico do Ocidente está ficando para trás, está chegando ao fim. A China ganhou protagonismo em um fórum próprio. A Europa se assumiu como árbitra digital. E o Brasil, presente no evento em massa, mostrou maturidade. Criatividade virou método e também escala.
O nosso país, aliás, foi festejado graças ao Pix, que, para o fundador do Web Summit, Paddy Cosgrave, foi um dos maiores cases de inovação dos últimos tempos. Entre a IA agêntica — aquela dos agentes que vem depois da IA generativa —, varejo híbrido, sustentabilidade real e blockchain, a sensação foi de que a próxima década já começou.
Por isso, quero dividir com você as 10 tendências que, na minha opinião, dominaram essa edição do Web Summit Lisboa.
- China no centro do tabuleiro.
- Da IA generativa à agêntica: a inteligência artificial agora decide, prioriza, executa.
- A nova guerra do compute: chips, energia e data centers moldam economias inteiras.
- Regulação como estratégia: a Europa transforma regras em vantagem competitiva.
- Um Brasil criativo, escala global: design, fintech e conteúdo de exportação.
- Varejo híbrido: o físico vira mídia, o digital uma jornada inteira.
- Creators como infraestrutura: a audiência cede lugar à autoria compartilhada.
- Blockchain + inteligência artificial: a era dos micropagamentos e dos dados remunerados.
- Sustentabilidade como engenharia: ESG vira evidência mensurável.
- Humanismo como valor: a tecnologia escala, o humano fideliza.
O Web Summit tem edições em Lisboa, Portugal, Doha, no Catar, Vancouver, no Canadá, e no Rio de Janeiro.
