O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) contestou neste sábado (22/11) a justificativa usada pelo ministro Alexandre de Moraes para decretar a prisão preventiva do pai, Jair Bolsonaro.
O ex-presidente foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades como presidentes da República.
Em transmissão pelas redes sociais, Flávio rebateu a tese de risco de fuga e chamou de “insanidade” a ideia de que a vigília de orações convocada para 19h de sábado serviria como cobertura para uma tentativa de fuga.
A decisão do ministro se baseou em informações do Centro de Monitoração Integrada do Distrito Federal, segundo as quais Bolsonaro teria tentado manipular a tornozeleira eletrônica por volta de 00h deste sábado (22).
Flávio rejeitou a tese, argumentando que não faria sentido provocar um alerta eletrônico e, ainda assim, esperar até as 19h para fugir. Ele também descreveu o nível de vigilância no local, com policiais na porta da residência “24 horas por dia”, câmeras e inspeções diárias.
Argumento da defesa
Por meio de nota, a defesa de Bolsonaro endossou a posição do senador, afirmando receber a decisão com “profunda perplexidade”.
Os advogados ressaltam que Bolsonaro estava monitorado, vigiado e com saúde delicada, o que, segundo eles, afastaria o argumento de risco de fuga e justificaria a revisão da decisão, possivelmente retomando o pedido de prisão domiciliar humanitária já negado pelo ministro.
