A Paramount confirmou a produção de “A Hora do Rush 4” depois de uma interferência incomum nos bastidores de Hollywood: a pressão direta de Trump, presidente dos Estados Unidos, para que o projeto finalmente saísse do papel. A nova sequência da franquia só avançou após Trump manifestar pessoalmente seu interesse pelo longa e acionar aliados dentro da indústria cinematográfica.
Segundo veículos internacionais como Semafor, Deadline e Puck, Trump pediu à Paramount que retomasse a série protagonizada por Jackie Chan e Chris Tucker. Antes disso, o filme havia sido recusado por múltiplos estúdios, incluindo a New Line, da Warner Bros., responsável pelos três primeiros títulos lançados em 1998, 2001 e 2007.
Pressão presidencial
O ponto de virada ocorreu quando Trump recorreu a Larry Ellison, acionista majoritário da nova Paramount Skydance e aliado político do presidente. Ellison teria atuado nos bastidores para destravar o financiamento e garantir um acordo conjunto com a Warner Bros., que agora divide a distribuição da nova sequência com a Paramount.
A articulação funcionou. O projeto, que estava engavetado havia anos, foi aprovado e sua produção oficialmente confirmada.
Retorno de Brett Ratner após escândalos
A direção do filme ficará novamente com Brett Ratner, afastado de Hollywood desde 2017 após ser acusado de agressão sexual no contexto do movimento #MeToo. Desde então, sua única produção foi um documentário de US$ 40 milhões sobre Melania Trump, encomendado pela Amazon MGM.
Com “A Hora do Rush 4”, Ratner volta ao circuito comercial apesar de sua rejeição prévia por diversos estúdios.
Protagonistas permanecem na franquia
Jackie Chan e Chris Tucker retomam seus papéis como a dupla de detetives que marcou o cinema de ação e comédia dos anos 1990 e 2000. A trilogia original arrecadou cerca de US$ 800 milhões no mundo.
A nova sequência ainda não tem data de estreia.
Leitura política em Hollywood
A confirmação do filme vem sendo interpretada como mais um passo da estratégia de Trump de recolocar, no centro da indústria, nomes considerados conservadores.
Desde o início do ano, o presidente citou atores como Mel Gibson, Jon Voight e Sylvester Stallone como representantes dos “valores americanos” que pretende priorizar no cinema. Nos bastidores, a franquia “A Hora do Rush” acabou se tornando um símbolo dessa disputa cultural.
