O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Minas Gerais deflagrou, nesta quarta-feira (3/12), a Operação Bomba Fantasma, voltada a investigar fraudes tributárias e venda de combustíveis adulterados no Sul de Minas. Foram cumpridos dez mandados de busca em seis municípios, com prejuízo estimado de R$ 45 milhões aos cofres públicos. A ação mira uma rede de postos suspeita de atuar fora das normas fiscais.
As buscas ocorreram em postos, residências de empresários e na sede de uma transportadora supostamente beneficiada pelo esquema. Além de sonegação, os investigados podem responder por associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os alvos já haviam sido autuados anteriormente por adulteração de combustíveis.
Segundo a Receita Estadual, o grupo comprava combustível sem nota fiscal de entrada, ocultando a origem do produto e evitando o recolhimento de impostos. O método também favorecia a comercialização de combustível de baixa qualidade, com registros de uso de metanol em postos da rede. O administrador já responde judicialmente por esse tipo de prática em Três Pontas.
A identidade dele, entretanto, não foi revelada.
A investigação ainda aponta possível esquema de transferência irregular de créditos tributários para transportadoras. O volume declarado de óleo diesel seria incompatível com a capacidade de armazenamento dos postos, e notas fiscais eletrônicas não detalhariam as vendas realizadas. Há indícios de uso de “laranjas” para ocultar o real proprietário da rede.
A força-tarefa mobilizou promotores de Justiça, auditores fiscais, delegados, policiais civis e militares, além de fiscais do Procon (Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor de Minas Gerais).
Com informações de Agência Minas
