O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (8/12) o encerramento da sala de situação criada para monitorar os casos de intoxicação por metanol. A decisão consta em portaria publicada no Diário Oficial da União.
A pasta considera o cenário de estabilidade epidemiológica consolidado. O último caso confirmado foi registrado em 26 de novembro de 2025, referente a um paciente que apresentou sintomas no dia 23 do mesmo mês.
O acompanhamento retorna agora ao fluxo de rotina da vigilância de intoxicações exógenas, realizado por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Estrutura e insumos
O governo federal afirma que todos os estados possuem estoque garantido de antídotos e capacidade para realizar diagnósticos. Durante o período de monitoramento ampliado, o Ministério repassou 1.500 ampolas de fomepizol e 4.806 unidades de etanol às unidades federativas. A distribuição priorizou áreas com maior circulação de bebidas adulteradas.
A sala de situação operava desde 1º de outubro e reunia representantes da Anvisa, Fiocruz e ministérios da Agricultura e da Justiça.
Balanço de vítimas
O levantamento realizado entre 26 de setembro e 5 de dezembro contabilizou 890 notificações. Desse total, 73 casos foram confirmados e 788 descartados. Outros 29 registros permanecem em análise.
O surto causou 22 mortes confirmadas no país. Nove óbitos seguem em investigação.
Distribuição dos casos confirmados por estado:
- São Paulo: 50 casos e 10 óbitos;
- Pernambuco: 8 casos e 5 óbitos;
- Paraná: 6 casos e 3 óbitos;
- Mato Grosso: 6 casos e 3 óbitos;
- Bahia: 2 casos e 1 óbito;
- Rio Grande do Sul: 1 caso.
