O prefeito em exercício de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), voltou a defender a ideia de trazer grandes artistas para a folia da capital mineira. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (11/3), ele rebateu as críticas de que os megashows poderiam “descaracterizar” o Carnaval de BH, construído a partir dos blocos e artistas locais.
“Para você ir no Carnaval de Salvador você tem que comprar um abadá de não sei quantos mil reais, e ir para um camarote para você assistir. Nosso Carnaval não tem abadá, não. Nosso Carnaval é desses blocos. É do Baianas Ozadas, é do Chama o Síndico, são desses blocos que fizeram o Carnaval chegar onde chegou. O que nós falamos é incrementar o Carnaval daqui, não é acabar com aqueles que fizeram o Carnaval ser o que temos hoje”, afirmou.
“Nós vamos fazer o Carnaval do jeito que a gente sabe fazer, do jeito que Belo Horizonte soube sempre fazer. O nosso Carnaval já está registrado, nós podemos acrescentar durante os anos algumas atrações nacionais ou internacionais, é apenas isso. Nesse ano o Alok tocou. Deu algum prejuízo para o Carnaval de Belo Horizonte? Tivemos algum prejuízo com a apresentação do Olodum? Tivemos algum prejuízo com a apresentação do Clayton e Romário? Não! Eles abrilhantaram”, disse Damião.
Para o Carnaval de 2026, o prefeito em exercício prometeu mais verba para os blocos de rua desfilarem e garantiu que a Prefeitura de BH não vai tirar o dinheiro dos artistas locais para investir em megashows.
“Nós oferecemos condições financeiras a todos os blocos de Belo Horizonte. O Alok, por exemplo, não recebeu absolutamente nada para tocar aqui. Nós não estamos tirando dinheiro dos blocos pequenos para passar para grandes cantores. Às vezes as pessoas ficam preocupadas e têm o direito de ficar preocupadas. Já fica uma promessa para todos os blocos que tocaram nesse ano no Carnaval de Belo Horizonte: nós aumentamos a subvenção em relação ao ano passado em 70% e vamos aumentar mais. Vamos valorizar ainda mais o Carnaval de 2026”, garantiu.