A velha pergunta voltou à roda: o rock morreu? Enquanto novos nomes do gênero seguem fora do radar do mainstream, os clássicos seguem firmes e ainda movimentam multidões. E quem resolveu entrar nessa conversa foi Nando Reis.
Durante uma entrevista ao podcast Futeboteco na última semana, o cantor e compositor deu sua visão sobre o assunto. Para ele, o rock dos anos 80 não pode nem ser considerado um “movimento” de verdade — e o que está rolando hoje no mercado musical é bem mais sobre timing e experiência do que sobre rótulo de gênero.
“Não gosto muito dessa ideia de ‘movimento’. O que atrai hoje são eventos exclusivos”, disse. Nando citou exemplos como o reencontro dos Titãs e a última grande turnê de Gilberto Gil como momentos que geram desejo no público, justamente por parecerem únicos. “Você olha e pensa: ‘isso não vai acontecer de novo’”, completou.
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Segundo ele, não se trata apenas de nostalgia, mas de um novo jeito de consumir música ao vivo — mais pontual, mais intenso. E o streaming, claro, mudou tudo.
Plataformas como Spotify, YouTube e redes como TikTok mexeram na lógica de descoberta e fizeram o gosto musical ficar ainda mais pulverizado. Nando foi honesto ao dizer que sua análise tem muito de intuição e achismo, mas cravou uma certeza: “há gosto pra tudo”. E talvez seja isso que mantém o rock vivo — não mais como movimento, mas como escolha.