Em uma discussão sobre a Copa do Brasil, os comentaristas CJ, Vinícius Grissi e Rafael Miranda, do 98 Esportes, abordaram a desigualdade e a falta de investimento nas estruturas dos clubes menores. O debate destacou como o formato atual da competição e a distribuição de recursos favorecem os clubes maiores.
Vinícius Grissi criticou o regulamento da Copa do Brasil, afirmando que “o formato como é feito não é feito pelos clubes menores”. Ele defendeu um sorteio livre desde a primeira fase da competição para aumentar a chance de confrontos mais atrativos e democratizar a competição. “Tinha que acabar com pote e tinha que ser tudo jogo único”, enfatizou Grissi, argumentando que isso permitiria que clubes menores tivessem a chance de ascender e melhorar suas estruturas.
Rafael Miranda defendeu que a CBF e os clubes grandes deveriam auxiliar financeiramente os clubes menores, destinando parte da premiação para a melhoria de gramados e infraestrutura. “A CBF vai diminuir em vez de ser R$ 2 milhões de prêmio para passar de fase vai ser R$ 1,5 milhão. E R$500 mil vai ser para preparar o estádio, para colocar o VAR, para arrumar, dar uma ajeitada no gramado”, propôs Miranda. Ele ressaltou que o investimento na base da pirâmide beneficiaria o futebol brasileiro como um todo, permitindo a captação de novos talentos e a redução de riscos de lesões.
CJ criticou a postura de torcedores e da imprensa que glorificam o “estádio raiz”, ignorando as dificuldades enfrentadas pelos clubes menores. Ele argumentou que essa visão romantizada mascara a falta de estrutura e impede o desenvolvimento do futebol em todo o país.
*Estagiário sob orientação da supervisora Jackeline Oliveira.