Os comentaristas CJ, Rafael Miranda, Leandro Cabido e Vinícius Grissi discutiram os problemas internos do Cruzeiro, com foco na gestão de Leonardo Jardim e a postura da diretoria em relação aos jogadores. O debate abordou desde a importância da figura do presidente no vestiário até a polêmica ausência de Matheus Pereira na semifinal do campeonato mineiro deste ano.
Leandro Cabido destacou que a situação envolvendo jogadores como Matheus Pereira, Marlon e William foi resolvida de forma rápida e sem “resenha”. “Não virou resenha, não virou novelinha. Mateus Pereira fica, Marlon fica, William fica, a torcida gostando ou não, sabe? E acabou. E é com eles que o Cruzeiro vai trabalhar até o meio da temporada, pelo menos”. Ele enfatizou que as propostas por esses jogadores não foram consideradas ideais, e a permanência deles no clube foi definida de maneira direta, sem prolongamentos desnecessários.
Rafael Miranda salientou a importância de um dirigente/presidente presente e com credibilidade para evitar rachaduras no elenco. “Quando um dono, um presidente, um diretor CEO vai a um vestiário ou vai a campo e dá aquela cobrada, o jogador dá uma baixada na cabeça, entende, engole e fala: ‘Tá certo'”. Ele explicou que a presença do presidente deve ser estratégica, ocorrendo em momentos chave para elogiar, criticar ou cobrar, e que essa postura, quando autêntica, é respeitada pelos jogadores. “Não adianta esse cara ir lá toda semana para falar alguma coisa. Se ele vai lá pontualmente ou para elogiar ou para criticar e cobrar, existe sim um porquê entre os jogadores”, afirmou Rafa.
Vinícius Grissi questionou a decisão de não contar com Matheus Pereira na semifinal contra o América, argumentando que o jogador deveria, no mínimo, estar no banco de reservas. “Não tem motivo que justifique, CJ, você pegar o seu melhor jogador e você tirar ele da decisão”. Ele ponderou que, mesmo diante de possíveis problemas de relacionamento ou negociações de saída, a presença de um jogador com o potencial de Matheus Pereira poderia ser decisiva, nem que fosse para uma eventual cobrança de pênalti. “Ele poderia decidir o jogo. Matheus, contudo, tem capacidade de jogar 20 minutos e fazer a diferença”.
Os comentaristas concordaram que a gestão de Leonardo Jardim é focada em recuperar a confiança dos jogadores e dar oportunidades. Cabido destacou a fala de Guilherme Mendes sobre Jardim ser a única pessoa capaz de recuperar os jogadores no Cruzeiro. A postura do treinador em relação ao caso Matheus Pereira, de afastar o jogador após saber de sua possível saída, também foi discutida, com diferentes opiniões sobre a necessidade de sua presença no banco.
*Estagiário sob orientação da supervisora Jackeline Oliveira.