A Defensoria Pública de Minas Gerais ajuizou uma ação civil pública contra os donos de uma clínica odontológica de Belo Horizonte, investigados por provocar infecções em pacientes após procedimentos no local. Eles já são investigados pela Polícia Civil por irregularidades na realização de procedimentos estéticos e na esterilização de instrumentos cirúrgicos.
Pacientes relataram ao órgão que foram atraídos por anúncios da clínica em redes sociais. E que tiveram problemas graves de saúde após passarem por lipoaspiração mecânica de papada e bichectomia, que é a remoção da gordura das bochechas. Ao menos, 20 pessoas constam como vítimas no inquérito da Polícia Civil.
Segundo a Defensoria, inspeções por órgãos de Vigilância Sanitária constataram irregularidades na esterilização de equipamentos usados nas cirurgias estéticas, falhas que redundaram em sucessivas interdições da Clínica e que foram identificadas como origem do surto infeccioso por micobactérias de crescimento rápido.
Diante das irregularidades, os defensores públicos solicitam, na Justiça, o bloqueio imediato dos bens dos réus no valor de, no mínimo, R$ 2,5 milhões, indenização coletiva de R$ 500 mil, e condenação dos responsáveis por indenização por danos morais, materiais e estéticos.