Se tornam cada vez mais frequentes as reclamações dos moradores de Belo Horizonte com o desleixo da manutenção de praças, ruas e avenidas da cidade.
Diariamente, ouvintes e espectadores enviam fotos e vídeos que mostram o descaso com pontos públicos. A praça João Pessoa é um exemplo de indignação por parte de pessoas que moram próximos ou que passam por ali todos os dias. Ela fica em um dos cruzamentos mais importantes da capital: Av. Bernardo Monteiro com Av. Brasil.
Em local movimentado, de alta concentração de escritórios e residências, a praça é um deposito de sujeira e serve como moradia de pessoas em situação de rua e catadores de papel.
O jornalismo da Rede 98 solicitou à Prefeitura de Belo Horizonte informações sobre a manutenção da praça.
Na nota (na íntegra ao fim da matéria) a PBH alerta que “Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) reforça que a Praça João Pessoa, no bairro Funcionários, é varrida três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras, além de ser levada uma vez por semana. O lixo domiciliar na região é coletado diariamente. A praça também passa por capina quatro vezes por ano“. Ao ver o vídeo, filmado ontem, 2 de fevereiro, não parece que a praça recebe toda essa atenção.
A PBH ainda conclui dizendo que “a fiscalização da deposição irregular de resíduos também constitui um dos subprojetos integrantes do “Melhoria do Ambiente Urbano”. O projeto visa a coibição da prática de descarte irregular de resíduos sólidos por moradores e comerciantes no município, propiciando a redução do número de locais utilizados como pontos clandestinos de deposição, assim como a diminuição do volume de resíduos sólidos que são descartados irregularmente“.
Leia a nota da PBH na íntegra:
A Prefeitura de Belo Horizonte informa que estão sendo realizados estudos para realocação dos catadores e trabalhadores de materiais recicláveis que atuam no local. A Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) reforça que a Praça João Pessoa, no bairro Funcionários, é varrida três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras, além de ser levada uma vez por semana. O lixo domiciliar na região é coletado diariamente. A praça também passa por capina quatro vezes por ano.
Além de ser um dos trabalhos rotineiros, a fiscalização da deposição irregular de resíduos também constitui um dos subprojetos integrantes do “Melhoria do Ambiente Urbano”. O projeto visa a coibição da prática de descarte irregular de resíduos sólidos por moradores e comerciantes no município, propiciando a redução do número de locais utilizados como pontos clandestinos de deposição, assim como a diminuição do volume de resíduos sólidos que são descartados irregularmente. Entre os resultados esperados estão: minimizar os impactos da deposição incorreta de resíduos sólidos, tais como: obstrução de espaços, poluição visual, carreamento de partículas e objetos para o sistema de drenagem, proliferação de vetores de doenças, entre outros; Ampliar os espaços e as condições de sociabilidade nos logradouros, proporcionando que os cidadãos tenham acesso a uma cidade mais segura, limpa, aprazível e inclusiva.
Em 2021, foram realizadas 13.961 ações de conscientização e fiscalização de resíduos depositados de forma irregular nos logradouros públicos. E, este ano, até o o final de setembro foram 12.053 ações. As ações, desenvolvidas pela Fiscalização em conjunto com a Mobilização Social da SLU, são majoritariamente educativas e orientam o munícipe em relação aos dias, horários e formas corretas de acondicionamento e descarte, assim como sobre a existência das URPVs para a destinação gratuita dos materiais que não são recolhidos pela coleta convencional. Depois da limpeza, os locais recebem mudas de plantas, árvores e pneus coloridos, o que inibe a atuação de infratores. Todos os locais que receberam as intervenções são monitorados pelas equipes de fiscalização e a própria comunidade atua cuidando dos novos espaços.
Para além da integração dos órgãos governamentais, um ponto crucial para que fossem logrados os maiores resultados é a participação constante da população através do envolvimento da comunidade nos processos de ressignificação e adoção afetiva dos espaços transformados pelas ações do projeto.
Levantamento realizado pela SLU, em 2017, revelou que existiam 880 pontos de deposição na cidade. Já em 2019, o levantamento apontou uma redução de 33% nesse número, alcançando a marca de 590 locais. A partir de uma nova análise, realizada em 2021, observou-se a extinção de mais 75 pontos críticos, totalizando 515 locais na cidade. Portanto, de 2017 até 2021, foram eliminados 365 pontos críticos de descarte irregular de resíduos em Belo Horizonte, uma diminuição de mais de 41% em comparação a 2017 quando foi iniciado o Projeto.
Em Belo Horizonte, o programa de coleta seletiva inclui as associações e cooperativas de catadores e trabalhadores com materiais recicláveis. Todo o material recolhido na coleta seletiva é doado pela Prefeitura para essas entidades. A SLU também providencia estruturas (aluguel, construção, reforma de galpões) para a triagem de recicláveis e paga despesas como aluguel.
A cidade conta com duas modalidades de coleta seletiva: a ponto a ponto e a porta a porta. Na Coleta seletiva porta a porta os materiais recicláveis são separados pelos moradores e colocados na calçada para serem coletados. Na coleta seletiva ponto a ponto a população separa os recicláveis em sua residência e os deposita em contêineres instalados pela Prefeitura.
Veja o vídeo: