A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou, nesta quinta-feira (20/2), a criação do Plano Municipal Assistencial em Eventos de Múltiplas Vítimas. Segundo o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges, a iniciativa vai integrar toda a rede de saúde de urgência e emergência, como o Samu, as UPAs e pronto-socorros.
“Os hospitais que não têm pronto-socorro também têm trabalhado em planos internos de ampliação da sua capacidade, de oferta efetiva de leitos, recursos de exame, bloco cirúrgico e tudo mais, para que a gente possa dar atendimento rápido e efetivo a todos aqueles que precisam”, informou.
O secretário disse que a pasta também faz uma articulação com outros órgãos que atuam em eventos com múltiplas vítimas, como a Guarda Civil Municipal, a Defesa Civil, a Polícia Militar e os bombeiros.
“O que a gente espera com esse plano é evoluir a capacidade da cidade de dar resposta a eventos que a gente não gosta que aconteçam, mas que a gente tem que estar pronto para caso eles venham acontecer”, acrescentou.
Ainda de acordo com Danilo Borges, o Samu faz um monitoramento em tempo real no Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH). “A gente tem um monitoramento de câmeras com uma comunicação muito eficiente que faz com que a gente tenha respostas rápidas e efetivas em toda a cobertura da cidade”, explica.
Como vai funcionar o plano?
O secretário explica que o objetivo do plano é atuar de forma mais efetiva em acidentes que envolvem várias pessoas ao mesmo tempo ou que tenham várias pessoas com nível de gravidade alto e que demandem recursos específicos. Dessa forma, serão estabelecidos diferentes frentes de atuação levando em conta as características específicas de cada acidente.
“De acordo com cada número de vítima e a gravidade do incidente, é acionado um plano em determinado nível. Ele vai ser estruturado nos níveis 1, 2 e 3 para que toda a rede apresente respostas compatíveis e proporcionais. Uma resposta para o nível 1, outra para o nível 2 e uma outra ainda para o nível 3”, detalha Danilo.
“De acordo com o perfil do incidente, a gente vai saber que tipo de trauma a maioria daquelas pessoas foram submetidas, para que a gente rapidamente avalie qual é o melhor serviço para receber essas vítimas”, acrescentou ele.
Danilo também falou sobre a superlotação no sistema de saúde da capital e em unidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), como o João XXIII e o Odilon Behrens. Segundo ele, a pasta está acompanhando a situação.
“É importante que a gente continue o diálogo que a gente tem com a Fhemig, os auxiliando em tudo aquilo que eles demandarem da prefeitura para que a gente possa responder em conjunto. A gente tem contratos com os hospitais da Fhemig e contratos que são assinados após anuência de ambas as partes, no qual a gente não propõe nada que não seja vocação daqueles hospitais”, explicou.