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Vereador Wanderley Porto em participação na 98 News (98 News/Reprodução)

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O vereador Wanderley Porto (PRD) esteve na 98 News nesta segunda-feira (25/8) e falou sobre pautas que vêm conduzindo em Belo Horizonte. Entre os temas, estão a implantação de um campus do Instituto Federal no Barreiro, a transição para o fim das carroças na cidade, o inventário de arborização e o projeto que prevê que agressores arquem com os custos médicos das vítimas atendidas pelo SUS.

IFMG no Barreiro

Segundo Wanderley, a votação hoje deve aprovar a Operação Urbana Simplificada que permitirá a construção do campus do IFMG no Parque da Valoreque. Ele explicou que o projeto foi planejado para reduzir impactos ambientais.

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“Eu fui o relator da minha comissão que eu presido, que é a Comissão de Meio Ambiente e Defesa dos Animais. O que foi conversado até numa reunião com o prefeito e os próprios diretores de IEF é que se corte o menos possível de árvores. Há uma clareira grande dentro desse parque. Então, o projeto vai ser desenvolvido nessa clareira para que não haja desmatamento.”

O parlamentar afirmou que a expectativa é que o instituto tenha impacto não apenas no Barreiro, mas também em cidades vizinhas. “Há uma demanda, como você bem disse, além do Barreiro em si, tem as conexões metropolitanas e até pela localização vai facilitar muito esse acesso. Então a gente espera que seja um ganho metropolitano para a região e para a cidade de Belo Horizonte.”

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Fim das carroças em Belo Horizonte

Wanderley foi o autor da lei que antecipou para 2026 o prazo para a retirada definitiva das carroças em Belo Horizonte. Ele explicou que a mudança fez a prefeitura se mobilizar para cadastrar carroceiros e buscar alternativas.

“Quando a gente aprova a lei reduzindo para 5 anos, houve uma movimentação maior por parte da prefeitura, principalmente em cadastrar os carroceiros, entender a situação de cada um deles e oferecer algo alternativo. Apesar de os carroceiros boicotarem o cadastro, o processo continua.”

Entre as medidas, está a substituição das carroças por veículos motorizados ou elétricos. “Esse artigo que eu também alterei na lei diz que, se a prefeitura tiver meios para entregar uma opção de veículo motorizado, eles seriam obrigados a entregar carroça e cavalo. A intenção é que esses animais não sejam vendidos para outras cidades da Região Metropolitana.”

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O vereador destacou ainda a experiência de Maceió como referência. “Nesse final de semana o prefeito esteve em Maceió conhecendo a experiência da motorização, uma moto com caçamba, e aqueles que eram carroceiros trabalhando com material reciclável. Foi um projeto que deu super certo lá.”

Ele reforçou que a prioridade é garantir dignidade para animais e trabalhadores. “Nunca foi uma guerra entre nós protetores contra eles. O que a gente quer é dignidade para os animais. Os animais já sofreram muito ao longo desses anos. E para os carroceiros também, porque eles vão ter alternativas de melhorar a condição de vida.”

Inventário das árvores

O vereador apresentou projeto para criar um inventário de árvores em Belo Horizonte no prazo de até cinco anos. “Esse inventário, a ideia partiu de coletivos ambientais que nos procuraram. É fundamental a cidade ter informações completas a respeito das suas árvores. Entender a saúde dessas árvores, entender quais estão em risco ou não.”

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Segundo ele, a proposta é dar transparência às informações para evitar pedidos indevidos de supressão. “Há uma demanda muito grande por parte dos moradores que ficam incomodados com folhas no passeio ou na calha do telhado. Isso não é motivo para suprimir uma árvore.”

A prefeitura, na avaliação de Wanderley, tem condições de iniciar o processo. “As nove regionais têm técnicos que fazem avaliações diariamente. A princípio eu creio que a prefeitura pode começar com demanda interna mesmo.”

Responsabilização de agressores

Outro projeto de Wanderley Porto prevê que agressores arquem com os custos médicos das vítimas atendidas na rede pública.

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“O primeiro passo que nos motivou a apresentar esse projeto é entender que nós chegamos num momento insuportável pelo tanto de agressões que as mulheres vêm sofrendo. É uma medida que pode coibir de alguma forma, fazer com que o covarde pense mais vezes antes de cometer tal crime.”

Ele disse acreditar que o boletim de ocorrência deve ser suficiente para vincular o agressor ao custo. “Porque a pessoa quando faz o boletim de ocorrência está se comprometendo em dizer a verdade. Caso não seja verdadeiro, ela também será responsabilizada.”

Na visão do vereador, o projeto é constitucional e tende a tramitar sem dificuldades. “Se é isso que a gente consegue fazer a nível municipal, além de toda conscientização, eu acho que é uma medida efetiva.”

Dia Municipal dos Legendários

Porto também comentou a lei que instituiu o Dia Municipal dos Legendários, celebrado em 23 de julho. O movimento, criado na Guatemala há 10 anos, chegou a Belo Horizonte em 2019 e reúne hoje cerca de 10 bases na cidade.

“É um movimento que não prega a questão religiosa. Ali participa evangélico, católico, ateu, espírita, quem quiser se inscrever será bem-vindo. Ele visa um trabalho específico com os homens. Não é ensinar o homem a ser machão, mas a ter responsabilidade no trabalho, em casa, com a esposa e com os filhos.”

O vereador contou que participa ativamente do grupo. “Eu fiz a primeira vez em novembro do ano passado. Depois disso, já subi mais quatro vezes para servir. São incontáveis as transformações que a gente presenciou, casamentos restaurados, filhos que diziam ser órfãos de um pai vivo.”

Sobre as críticas ao custo, ele negou benefício próprio. “Eu nunca vi esse valor de R$ 81 mil. Senão não teria condição de ir. Quem trabalha paga um valor menor, mas também paga. Eu faço isso por acreditar no que tem sido gerado através desse movimento.”

Compromisso com BH

Ao final, Wanderley afirmou que as propostas que defende têm impacto direto no cotidiano da população. “Às vezes, uma simples data como essa vai evitar de uma mulher ser agredida, vai evitar de um filho crescer sem uma referência de pai. Se uma família for restaurada por conhecer esse programa através da data comemorativa, para mim já valeu a pena.”

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Roberth R Costa

Atuo há quase 13 anos com jornalismo digital. Coordenador Multimídia. Rede 98 | 98 News

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