O acordo inédito entre a mineradora Itaminas e o Porto Sudeste para venda direta do minério a compradores internacionais vai permitir aumentar a produção de 8 milhões de toneladas este ano para 10 milhões no ano que vem. O investimento vai ser de R$ 1.5 bilhão e um dos resultados imediatos será a criação de novos empregos. Além disso, já nesta semana, o CEO da Itaminas, Thiago Toscano, viaja para o exterior abrindo as negociações para a ampliação do mercado para Itaminas.
“Esses investimentos eles preveem a abertura de mais 300 novas vagas, então seriam mais 300 novos empregos gerados, mais os empregos indiretos e os empregos que vão ser também gerados durante as obras. A gente tem a previsão de ter 2.000 pessoas trabalhando na Itaminas a mais durante o período de obras. E no momento em que a gente conseguir atingir essa qualidade do minério, concluir esses investimentos com a abertura do porto, certamente que a gente vai buscar novos mercados”, explica Thiago Toscano.
O CEO ainda conta que, desta quinta-feira (10) até o dia 16 de abril, estará em Dubai para se reunir com o fundo soberano e conversar com investidores, além de players do mercado, em busca de novas perspectivas.
“Porque esse acordo não é só bom para Itaminas, ele é bom também para as empresas internacionais, sejam elas siderúrgicas, ou que a gente chama de traders, compradores de minério, porque antes também só podiam comprar de Vale CSN e da outra figura e agora tem a opção de comprar diretamente de mais uma mineradora. Então, acaba sendo bom para todo mundo”, pondera.
Thiago Toscano destaca a importância deste acordo estratégico com a Porto Sudeste para a melhoria da qualidade do minério e para o aumento da produção da mina localizada em Sarzedo, região metropolitana de BH.
“Fazem investimentos em novos processos para poder melhorar a qualidade desse minério nosso, entregar um minério de maior qualidade, que é um minério que justamente vai atender a rota da descarbonização, ajudar a indústria siderúrgica nesse processo da descarbonização”, explica Toscano.
“E portanto, como nós temos hoje uma licença de 15 milhões e meio toneladas de produção, que é a segunda maior do quadrilátero ferrífero sozinho. Então nós temos e produzir, vamos produzir, né, esse ano 8 milhões de tonelada, então a gente tem um espaço para praticamente dobrar a produção da vitamina nos próximos 10 anos. A partir deste acordo, a Itaminas e o setor mineral de Minas abrem espaço para desenvolver e negociar diretamente com seus futuros clientes internacionais”, conclui ele.