A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) defendeu, neste sábado (15/11), que a decisão dos Estados Unidos de reduzir parte das tarifas sobre produtos brasileiros ainda é insuficiente para aliviar os impactos em setores estratégicos. Segundo a entidade, a falta de detalhes sobre a decisão do presidente Donald Trump mantém exportadores em alerta.
Na noite dessa sexta-feira (14/11), Trump assinou uma ordem executiva que reduz tarifas sobre itens agrícolas — incluindo carne bovina, tomates, café, frutas tropicais, cacau e especiarias — com efeito retroativo a quinta-feira (13/11). A medida representa o primeiro recuo após meses de sobretaxas impostas aos produtos brasileiros, que chegaram a 50% desde agosto.
Apesar do gesto, a Fiemg ressalta que a revisão tarifária não esclarece totalmente o alcance das mudanças. Para a entidade, a incerteza continua afetando setores fundamentais da indústria mineira, especialmente porque ainda não está claro quanto da sobretaxa será, de fato, removida.
“É um passo importante, mas ainda insuficiente. A decisão mostra disposição ao diálogo, porém é necessário avançar mais para remover todas as barreiras adicionais e restabelecer condições adequadas de competitividade para a indústria mineira”, afirmou Flávio Roscoe, presidente da Federação.
Entenda
A ordem executiva de Trump prevê que eventuais reembolsos de tarifas já recolhidas deverão seguir os procedimentos da Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, ponto que ainda gera dúvidas entre produtores brasileiros sobre prazos e efetividade.
Alguns dos itens listados no documento são:
• Café;
• Chá;
• Frutas tropicais e sucos;
• Cacau;
• Especiarias;
• Bananas;
• Laranjas e suco de laranja;
• Tomates;
• Carne bovina;
• Fertilizantes.
O texto completo publicado pela Casa Branca está disponível neste link.
