Infectologista explica surto de superfungo em BH e alerta: “Pode gerar uma escalada muito perigosa”

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Reprodução / Rádio 98

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Belo Horizonte convive, atualmente, com um surto de casos do superfungo Candida auris. Até o momento, quatro pessoas testaram positivo para o doença e outras 24 ainda aguardam o resultado dos exames na capital mineira.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o fungo tem alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente próximo a ele. Por isso, o tratamento precisa ser realizado em leitos isolados.

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Apesar disso, para o Dr. Estêvão Urbano, Diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, ainda não é o momento para se ter pânico. No entanto, é necessário que a atenção redobre em relação a doença.

“Ele (o fungo) infecta indivíduos em hospitais, muito debilitados e portanto mais susceptíveis a infecções graves. Então não há que se ter pânico fora das instituições de saúde. Mas se ele ocupar espaços dentro de hospitais e começar a contaminar indivíduos, isso pode gerar uma escalada muito perigosa de infecções e de mortalidade”, afirma o infectologista, em entrevista à Rádio 98.

Ainda segundo o coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte, não há um consenso sobre o motivo do fungo estar se proliferando neste momento, mas há teorias. Vale lembrar que os primeiros casos de ‘Candida auris’ no Brasil foram registrados em 2020, em Pernambuco.

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“Existem várias teorias do porquê ele está aumentando. Uma das teorias é de que o calor, o clima mais quente favorece a multiplicação desse fungo em detrimento de outros mais tranquilos de serem tratados. Enquanto a maioria dos fungos não consegue sobreviver a temperaturas superiores a 36, 37ºC, esse pode tolerar temperaturas de até 42ºC. (…) Existem várias teorias e hipóteses, mas ainda não há uma explicação definitiva para todas as perguntas que nós temos”, explicou.

Mesmo sendo um fungo com maior mortalidade que os demais da mesma família e com mais resistência aos métodos de combate atual, o Dr. Estêvão acredita que Belo Horizonte está preparada para combater à doença e minimizar os impactos causados por ela.

“Sim (acredito que está preparada). Existem uma série de movimentos que estão sendo feitos, notas técnicas criadas, treinamentos de toda a equipe, e há um engajamento dos profissionais de saúde a aprenderem a lidar com isso. Então eu acredito que obviamente vai depender de cada hospital, do quanto ele está se preparando para fazer essa contenção, mas eu diria que nós já temos meios suficientes para minimizar os impactos disso”, destacou.

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