O presidente Lula disse nesta terça-feira (3/6) que o anúncio do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não foi um erro do ministro da Fazenda e atribuiu a medida a um “afã” de Fernando Haddad para dar respostas rápidas à sociedade sobre o tema.
“O Haddad, no afã de dar uma resposta logo à sociedade, apresentou uma proposta que elaborou na Fazenda. Era uma sexta-feira e eles queriam anunciar rápido isso para dar tranquilidade à sociedade brasileira. Eu não acho que isso tenha sido um erro, não. Acho que foi um momento político. Em nenhum momento o companheiro Haddad teve qualquer problema de discutir o assunto. A apresentação do IOF foi o que eles tinham pensado naquele instante. Se aparece alguém com uma ideia melhor, ele topa discutir. Vamos discutir. É isso que a gente tem que fazer”, afirmou Lula em entrevista coletiva à imprensa.
O presidente disse ainda que o aumento do imposto foi uma tentativa de fazer um “reparo”, porque o Senado descumpriu uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de compensar a desoneração da folha de pagamentos.
O presidente relatou que houve uma reunião no domingo à noite, no Palácio da Alvorada, para debater alternativas ao IOF.
Defendeu, ainda, que é necessário dialogar com “parceiros”, citando os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, além de líderes partidários. O presidente garantiu que outras possibilidades vão ser estudadas, mas não respondeu se está disposto a discutir desvinculações como alternativa ao IOF.
Ele afirmou que a Fazenda está em um esforço para “dar tranquilidade ao povo” nas negociações.