O Ministério da Educação divulgou nesta segunda-feira (19/5) a nova política de educação à distância. Após o rápido aumento de instituições que oferecem o ensino à distância, o texto proíbe que alguns cursos na área de saúde, por exemplo, sejam 100% online. As graduações em medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia deverão ser ofertadas no formato 100% presencial.
O formato EAD passa a exigir que no mínimo 20% da carga horária seja cumprida de forma presencial ou por atividades como aulas online ao vivo. As instituições de ensino terão até 2 anos para se adaptar após a publicação do decreto. Alunos que já se matricularam nas modalidades EAD poderão concluir o curso no mesmo formato à distância.
No 98 Talks desta segunda, Paulo Leite e Gustavo Figueroa avaliaram o decreto assinado pelo presidente Lula como extremamente necessário para assegurar a qualidade da formação no país.
“Estava mais do que na hora de acontecer isso, porque estavam formando médicos à distância, enfermeiros à distância, me ajuda, né?”, disse Paulo Leite.
Figueroa ainda lembrou da pandemia como um fator propulsor dos cursos na modalidade EAD e da dificuldade de adaptação ao formato. Ele ainda enfatizou a necessidade das aulas presenciais em certas graduações.
“As pessoas às vezes pensam que o curso de direito é só uma formação do ponto de vista de leitura, mas não, né, Paulo?! A dialeticidade do direito, a fala, a prática do direito é extremamente importante, apesar disso estar se afastando cada dia mais as faculdades da formação jurídica”, afirmou.