Com temperaturas elevadas, Minas Gerais tem vivido dias quentes, com tempo seco e recorde no número de incêndios. Nesses três primeiros meses do ano, já foi registrado o maior número de queimadas para um trimestre, dos últimos 4 anos. A apresentador da Central 98, Carol Torres, apresentou os dados mais recentes: “Somente de janeiro até o fim da última semana, o estado registrou 1.597 queimadas, uma média de 72 por dia”. Ela enfatizou que, em relação ao ano anterior, houve um aumento significativo: “Em comparação com o ano passado, o aumento é de 52%”. Carol também chamou a atenção para a situação na região metropolitana de Belo Horizonte: “Na grande BH, são 235 ocorrências registradas contra 113 no mesmo período de 2024, uma alta de 108%”.
João Henrique do Vale trouxe a análise do Corpo de Bombeiros, e citou a influência de fatores climáticos e da ação humana: “O tenente Henrique Barcelos, porta-voz do Corpo de Bombeiros, afirmou que o calor acima da média e a ação do homem contribuem para o recorde negativo”.
Durante o (programa) o Tenente Henrique detalhou esses fatores: “Desde o início do ano já passamos por algumas ondas de calor no estado de Minas Gerais e também uma certa estiagem, com baixo índice de chuvas, o que acaba deixando a vegetação mais seca e mais propensa aos incêndios. Sem dúvidas, a principal causa de queimadas em vegetação continua sendo a ação humana, já que mais de 90% dos incêndios são causados pelo homem”.
O porta-voz dos bombeiros também informou que existe um planejamento, para os próximos meses, para conter o aumento das queimadas. A corporação e outros órgãos devem criar uma da força-tarefa e repetir estratégias bem-sucedidas do ano passado, como a instalação de bases operacionais para monitoramento e combate rápido aos focos de incêndio.
O meteorologista Claudemir de Azevedo, do Inmet, explicou que Minas Gerais vivenciou um veranico em 2025, resultando em um período chuvoso abaixo da média, como observado em fevereiro. Essa condição climática contribuiu para o aumento da vegetação seca e, consequentemente, da vulnerabilidade a incêndios.
O especialista alertou que a situação pode se agravar nos próximos meses, com a escassez de chuvas e a baixa umidade do ar, favorecendo o aumento de focos de queimadas. Carol Torres também alertou que, apesar do período oficial de seca começar em abril, já houve um período atípico de mais de 30 dias sem chuva entre janeiro e março, o que é incomum e preocupante.