Por Aguirre Talento
O relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do governo do Distrito Federal afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu ter usado “ferro de solda” para romper tornozeleira eletrônica e apontou que o equipamento tinha queimaduras em toda sua circunferência.
O documento diz que uma violação na tornozeleira foi detectada às 00h07 deste sábado, 22. O sistema de monitoramento da tornozeleira acionou imediatamente a equipe de policiais penais que faziam a escolta da residência do ex-presidente.
“A informação inicial recebida pelos escoltantes era que o monitorado havia batido o dispositivo na escada. No momento em que esta Policial chegou ao local o acesso foi rapidamente viabilizado pelo próprio réu. Após autorizada a entrada no recinto buscamos um espaço com boa iluminação e energia elétrica, disponível já na sala principal da edificação. Diferente do que havia sido informado inicialmente, a tornozeleira não apresentava sinais de choque em escada”, diz o relatório subscrito pela policial penal Rita Gaio, diretora adjunta do centro de monitoramento.
Em seguida, ao analisar a tornozeleira, ela verificou a existência de queimaduras no dispositivo. “O equipamento possuía sinais claros e importantes de avaria. Haviam marcas de queimadura em toda sua circunferência, no local de encaixe/fechamento do case”, diz o documento.
A equipe, então, questionou Bolsonaro sobre o rompimento do dispositivo. A resposta foi registrada no relatório. “Em resposta, informou que fez uso de ferro de solda para tentar abrir o equipamento”, diz o documento. A equipe também gravou um vídeo da avaria e da resposta do ex-presidente.
Depois disso, a tornozeleira danificada foi substituída por um novo equipamento. O objeto será periciado.
