Presidente da Fecomércio, Nadim Donato marcou presença nesta terça-feira (20) na estreia da rádio 98 News. Além de falar sobre o comércio de bens e serviços na capital mineira, ele destaca a importância da inauguração da nova rádio do Grupo Bell com foco 100% em notícias e em Minas Gerais. Acompanhe a 98 News ao vivo na 103.3 FM.
Para Nadim, a comunicação via rádio é rápida e dinâmica, o que é fundamental nos dias de hoje, principalmente em tempos de fake news. Segundo ele, a credibilidade e expertise do grupo Bel dão ainda mais peso ao lançamento da 98 News. “A origem da comunicação tem que ser pontual naquilo que está acontecendo, além de verdadeiro, se não a fake news chega primeiro. Então, o rádio não foi ultrapassado, pelo contrário, se torna cada vez mais fundamental”, define o empresário.
Como o comércio de Belo Horizonte está hoje?
Durante sua participação na 98 News, Donato comentou que o comércio de bens e serviços teve um crescimento lento nos primeiros meses de 2025 e que a inadimplência é uma grande preocupação.
“Belo Horizonte e Minas como um todo, nós temos o comércio de bens, serviços e turismo como o maior alavancador de empregos e distribuição de renda, assim é BH e quase todas as cidades de Minas. Ao empregarmos mais, e ao distribuirmos mais renda, nós temos essa relevância no estado e no município”, disse.
“2024 foi um ano de recuperação, 2024 sintetizou o retorno do comércio de bens e serviços no pós-pandemia em sua totalidade. alguns setores cresceram mais rápido, outros mais lentos. O turismo todo mundo ficou preocupado, ele demorou mais, mas depois veio pujante. Então foi um ano excelente para o comércio de bens, serviços e turismo”, contextualiza o presidente da Fecomércio.
“Entramos no finalzinho de 2024 com a preocupação de que os juros começaram a subir demais, você sabe que o mercado é mais pegador de empréstimo. Em sua maioria, são pequenas e médias empresas, unifamiliares, que no máximo tem de 2 a cinco empregados. Isso impacta de modo geral. Então, começamos 2025 um pouco retraídos, os quatro primeiros meses de pequeno crescimento, mas com endividamento muito grande”, pondera.
“Endividamento em todos os setores, familiar o endividamento não para de crescer, nas empresas o endividamento continua crescendo, os juros estão altos, pagam, pagam juros e não conseguem chegar ao final. E o pior: a inadimplência, que é quando a pessoa para de pagar o endividamento”, diz.
“A inadimplência não para de crescer nas famílias, então se você tem quatro pessoas numa família e um fica endividado, ele pega todos daquela família, por que aquela família sobrevive do salário de todos, é tudo dividido. então o que nos preocupa é a inadimplência. Alimentos, que são primeiro gênero, subiram muito, infelizmente você entra no mercado e já não compra o que comprava antigamente. Inflação com juros, o salário não consegue acompanhar. O comerciante promove, reduz lucratividade para fazer caixa, então começa uma bola de neve que a gente tá preocupado. O comércio cresceu pouco, mas cresceu”, comenta.