A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) celebra anualmente, em 22 de maio, o Dia da Indústria. E em referência à data, aconteceu, no Minascentro, o evento com o tema “A Fiemg investe em desenvolvimento. Você transforma Minas Gerais”. Empresários e personalidades do setor industrial também foram homenageados e premiados.
O Dia da Indústria foi criado em 1957 pelo presidente Juscelino Kubitschek. Em Minas, a comemoração foi iniciada em 1960, na gestão de Fábio Araújo Motta à frente da Fiemg.
A maior honraria entregue na noite desta quinta (22/5) foi o Mérito Industrial, que é concedido pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI). O agraciado neste ano foi Ricardo Valadares Gontijo, presidente do conselho de administração da Direcional Engenharia. Guilherme Abrantes, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas também foi homenageado como Industrial do Ano.
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, falou com a imprensa antes do evento. Além de exaltar o papel da indústria mineira na economia, ele também projetou como deve ser o ano de 2025 para o setor. Segundo Roscoe, diante da situação econômica do país, a tendência é que o ano seja de dificuldade.
“O ambiente de negócios tá difícil, né? Com a taxa de juros a 15% base […] remunerar o investimento com essa taxa de juros já é muito difícil. O cenário tá um pouco difícil mas a indústria vem fazendo o que pode para ganhar eficiência, ganhar tração, mas efetivamente a gente não deve ter um ano tão bom quanto esperado” projetou.
Presidente da Fiemg celebra a aprovação da Lei de Licenciamento Ambiental no Senado
Flávio também exaltou a aprovação da Lei de Licenciamento Ambiental no Senado. Segundo o presidente da Fiemg, o ajuste na legislação vai facilitar a liberação de licenças para empreendimentos e destravar o desenvolvimento do setor produtivo.
“Olha, licenciar é estar de acordo com a lei. O ideal é que todos empreendimentos sejam licenciados. E tem muita gente que fala assim: “Não, tem que demorar 10 anos, 15 anos“. Não, não tem que demorar 10 ou 15 anos. Tem que ter critérios objetivos, regras claras, licenciar o mais rápido possível. Se para licenciar uma fábrica, você vai demorar oito anos, depois mais dois para fazer a fábrica, quando você entrar em operação, com 10 anos, o resto do mundo tá liquidando o produto e você vai começar a produzir. E isso não traz proteção ambiental nenhuma. Então, a lei de licenciamento ela precisava ser revista. Ele (o novo texto) melhora muito o quadro brasileiro e vai dinamizar obras públicas e dinamizar também a efetividade, o dinamismo da sociedade com proteção ambiental” avaliou.
A Lei Geral de Licenciamento Ambiental (LGLA) traz normas gerais e diretrizes sobre o licenciamento. A intenção é uniformizar os procedimentos para emissão de licença ambiental em todo o país e simplificar a concessão de licenças para os empreendimentos de menor impacto. O texto ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados antes de ser aprovado.