Minas Gerais lançou uma campanha nacional de promoção da Cordilheira do Espinhaço como destino de turismo de experiência, cultura e natureza. A cadeia montanhosa é a única do Brasil, abrangendo 172 cidades só no estado mineiro. Veja abaixo dicas do que fazer na cordilheira.
O objetivo da campanha é divulgar a Cordilheira do Espinhaço como um dos grandes ícones de turismo de experiência e sustentabilidade internacional. Segundo o superintendente de marketing turístico, Thiago Ferreira, a área tem como diferencial ter a história de Minas Gerais contada a partir de seu entorno.
“Belo Horizonte, que é a capital, está no centro da cordilheira, a cidade pode ser considerada até uma porta de entrada da cordilheira. A gente tem as cidades barrocas, históricas, coloniais, todas também estão em volta da cordilheira. O ciclo do ouro, isso que a gente entende como Patrimônio Histórico, também está em volta”, diz o superintendente à Rede 98.
De Ouro Branco à Bahia
Com sua maior parte em Minas Gerais, a Cordilheira do Espinhaço possui mais de 1 mil quilômetros de extensão. “Ela começa na região de Ouro Branco, em Campos das Vertentes, e vai até a Chapada, na Bahia. Então, é uma extensão realmente continental, uma cordilheira gigante”, explica Ferreira.
Conforme Thiago, o estado mineiro detém 60% de todo o patrimônio histórico do Brasil, cuja quantidade está presente na Cordilheira do Espinhaço. A área contempla cinco tipos de vegetações, 395 cachoeiras, além de dispor de diversidade cultural, igrejas e outras manifestações territoriais.
“Desde os anos 1980 já tem uma iniciativa de explorar a cordilheira como ecoturismo, que deu muito certo, em especial ali na região de Grão Mogol. Mas, a questão agora é entendê-la como essa grande coluna vertebral de Minas. Não só explorar a ideia de uma cadeia de montanhas com potencial de ecoturismo, mas também pensar como um lugar que conta a história de Minas Gerais”, pontua.
Com patrimônios, gastronomia, saberes tradicionais, espiritualidade e uma infinidade de paisagens naturais, a Cordilheira do Espinhaço mostra–se como um destino para todos os gostos. Com tantas possibilidades, veja abaixo cinco dicas do que fazer na área em Minas Gerais.
Atividades na natureza
Nos arredores de Grão Mogol, no Norte de Minas Gerais, os turistas podem visitar o centro histórico feito em pedra, conhecido como Cidade das Pedras. Travessias pelos parques, sítios, trilhas e piscinas esculpidas em pedras naturais são outras opções de lazer na cidade contornada pela cordilheira.
“É uma região que atrai muitos praticantes de esportes de natureza e pessoas que também querem um turismo de silêncio, mais introspectivo, aventura, coisas do tipo”, completa o superintendente.

Ciclo do Ouro
Para quem gosta de história, o processo de desenvolvimento de Minas Gerais é contado através das cidades do Ciclo do Ouro, parte da Cordilheira do Espinhaço. Ouro Preto, Mariana, Diamantina, Catas Altas, Conceição do Mato Dentro e Serro são algumas das cidades que servem como páginas do território mineiro.
“Lembrando que em todas essas cidades você também tem uma experiência de comida mineira. Você vai para visitar uma igreja e também visita uma cachoeira, um restaurante de comida mineira, é um turismo bem completo”, acrescenta Ferreira.

Catas Altas
Catas Altas, na região Central de Minas Gerais, abriga o Santuário do Caraça, considerado uma pérola barroca no meio da floresta. Por lá, os visitantes têm a oportunidade de observar uma fauna praticamente intocada, com lobos–guarás e variedade de aves.

Serra do Cipó
“A Serra do Cipó é o jardim do Brasil, então, você tem essa possibilidade de conhecer essa natureza que ainda está muito intocada, mais de 1 mil espécies endêmicas, que só existem ali. É um destino também para quem quer sossego, silêncio, trilha, rapel, canoagem, escalada e paisagem”, indica Thiago.

Circuito cultural de Belo Horizonte
Capital gastronômica do Brasil, Belo Horizonte é uma potência cultural localizada no centro da Cordilheira do Espinhaço. Só no Circuito Liberdade, no entorno da Praça da Liberdade, são 30 instituições culturais com entrada gratuita e abertas ao público. “Você tem um circuito cultural extremamente completo e pulsante, uma programação diária”, diz o superintendente.
