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Especialista vê ingenuidade em comercial da Havaianas

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O comercial da Havaianas estrelada por Fernanda Torres, com o trocadilho sobre começar 2026 'não com o pé direito, mas com os dois pés', virou combustível para críticas e pedidos de boicote nas redes sociais (Reprodução/Instagram).

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A campanha da Havaianas estrelada por Fernanda Torres, com o trocadilho sobre começar 2026 ‘não com o pé direito, mas com os dois pés’, virou combustível para críticas e pedidos de boicote nas redes sociais nesta segunda-feira (22/12), após grupos e políticos de direita interpretarem a frase como um recado ideológico. O tema foi discutido no Deadline, na 98 News, com análise do publicitário Gustavo Garcia de Faria, presidente do Sinapro-MG.

Na avaliação do especialista, atribuir intenção política deliberada à peça não faz sentido do ponto de vista de negócio. ‘A Havaianas é uma marca comercial. Como negócio, ela quer vender para todo mundo’, afirmou. Ele reforçou que a empresa precisa falar com o mercado inteiro e lembrou que ‘a Havaianas é listada em bolsa’, o que, para ele, torna improvável que uma campanha seja planejada para atacar um campo ideológico específico.

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Ainda assim, Gustavo apontou que houve falha de leitura do contexto. Para ele, a marca e a agência não consideraram que o Brasil vive um ambiente polarizado, em que símbolos e expressões podem ser capturados por disputas políticas. ‘É ingenuidade também da marca e da agência não ter considerado que hoje a gente vive em um país dividido e onde símbolos falam muito mais’, disse, citando como exemplo a camisa da Seleção, que passou a ser associada a um lado do espectro político.

Na prática, ele entende que a intenção original foi positiva, mas a escolha do símbolo abriu espaço para uma narrativa paralela. ‘Eu acredito na boa intenção da agência e da Havaianaa, mas ingenuamente eles deixaram de considerar esse cenário’, destacou. Para o publicitário, em um ambiente em que a política vive de narrativas, polêmicas acabam sendo usadas como gatilho para mobilização e engajamento de nichos.

Sobre o que fazer agora, Gustavo defendeu escuta ativa e resposta direta, sem alimentar ainda mais a divisão. ‘Eles têm que fazer uma escutativa nas redes sociais e buscar um posicionamento claro, direto, honesto’, orientou. Na visão dele, o caminho passa por diálogo com quem se sentiu atingido e por um ajuste de tom: ‘Eles têm que vestir as sandálias da humildade’, disse, ao sugerir que a marca deixe explícito que a mensagem pretendida era de ‘unificação’, e não de confronto.

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