O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (5) que não teme adversários nas eleições presidenciais de 2026. Apesar de não confirmar oficialmente sua candidatura, Lula, que completa 80 anos este ano, disse que só deixaria a disputa por motivos de saúde ou caso surgisse um candidato considerado melhor.
“Eu não escolho adversário. Já disputei tantas eleições que quem deve estar preocupado são meus possíveis adversários”, afirmou, citando sua trajetória política. Em agosto, Lula mencionou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como possível concorrente, sinalizando mudança na avaliação anterior sobre o tucano disputar a reeleição no estado.
Sobre sua candidatura, Lula disse que a decisão será tomada no próximo ano, dependendo de sua saúde. “Se eu estiver com a saúde que tenho hoje, não tenho dúvidas de que serei candidato à Presidência”, garantiu.
O presidente também comparou sua atuação à de Getúlio Vargas, ressaltando políticas de inclusão social e a criação da CLT. Lula defendeu a modernização da legislação trabalhista, mas afirmou que extingui-la significaria retirar conquistas históricas dos trabalhadores.
Sobre política externa, Lula afirmou que o Brasil permanecerá neutro em possíveis conflitos, como entre EUA e Venezuela, e reiterou seu compromisso com a paz. Questionado sobre Israel e Palestina, rejeitou qualquer simpatia pelo Hamas, defendeu o Estado Palestino e criticou ações militares de Israel na Faixa de Gaza, classificando-as como genocídio e pedindo posicionamento da comunidade judaica brasileira.